Numa cerimónia de apresentação das contas, no Dragão Arena, Fernando Gomes explicou que o prejuízo registado pela SAD do FC Porto resultou de uma "posição deliberada da administração". Apesar de ser um resultado negativo, o administrador afirmou que não há risco de violarem as regras do fair play financeiro.
A venda de Otávio foi um dos fatores que contribuiu para o prejuízo, mas segundo Gomes, foi uma decisão estratégica. "Tínhamos a consciência de que teríamos que vender e realizar mais-valias desportivas até 30 de junho, caso contrário teríamos resultados desfavoráveis", explicou Gomes.
No entanto, o presidente do clube, Pinto da Costa, teve uma visão diferente. Gomes revelou que Pinto da Costa disse: "Nós não vamos vender o Otávio até 30 de junho, porque eles estão tão interessados no Otávio que virão buscá-lo mais tarde".
Essa profecia acabou por se concretizar, pois o interesse pelo jogador continuou até ao final da janela de transferências. A insistência de um clube em adquirir Otávio permitiu ao FC Porto negociar o passe do jogador por 60 milhões de euros, em vez dos 40 milhões de euros da cláusula de rescisão. Esta transação compensou o prejuízo registado no balanço financeiro do clube.
Com esta venda, o FC Porto acrescentou 2 milhões de euros ao valor do passe de Otávio em apenas dois meses, mostrando a habilidade da administração em gerir as finanças do clube.
Fernando Gomes concluiu afirmando: "Não há qualquer perigo de regressarmos ao fair play financeiro", deixando claro que o clube está comprometido em cumprir as regras impostas pelas autoridades desportivas.