Atletas recorrem a desculpas cada vez mais bizarras para justificar casos de doping

  1. Jannik Sinner e Iga Swiatek foram apanhados em testes antidoping positivos
  2. Sinner alegou contaminação durante massagem, Swiatek atribuiu a melatonina
  3. Romário foi acusado de doping devido a medicamento para queda de cabelo
  4. Sprinter britânico Lewis Francis atribuiu positivo a consumo passivo de cannabis
  5. Fatima Yvelain culpou água que contaminava os calções e ténis após teste positivo de EPO

Atletas recorrem a desculpas cada vez mais bizarras para justificar casos de doping

O mundo do desporto, e em particular o ténis, tem sido abalado nos últimos meses por vários casos de doping. Recentemente, os casos de Jannik Sinner, Iga Swiatek e Mykhailo Mudryk vieram relembrar que a batota é quase uma profissão no mundo do desporto, com os atletas a recorrerem a justificações cada vez mais criativas e excêntricas para tentar escapar às sanções.

Contaminação e alimentação como desculpas comuns

O italiano Jannik Sinner e a polaca Iga Swiatek, ambos entre os melhores tenistas do mundo, foram apanhados em testes antidoping positivos nos últimos meses. Sinner acabou por ser ilibado, enquanto Swiatek aceitou uma suspensão de um mês. Em ambos os casos, a justificação foi a mesma: a presença da substância proibida - trimetazidina (TMZ) - teria sido provocada por contaminação. Sinner alegou que a contaminação teria ocorrido durante uma massagem do fisioterapeuta, enquanto Swiatek afirmou que a substância teria entrado no seu organismo através da toma de melatonina, um medicamento para o jet lag e problemas de sono.

Explicações surreais e excêntricas

Estas justificações de contaminação são das mais frequentes usadas por atletas apanhados em testes positivos. No entanto, ao longo dos anos, têm surgido casos em que as explicações são muito mais surreais e excêntricas. «Pouco tempo antes dessa [suspensão], fui acusado de doping por causa do uso do medicamento minoxidil», recordou o jogador de futebol Romário, que atribuiu o seu positivo a finasterida, um produto para a queda de cabelo que tomava há 10 anos.

Já o sprinter britânico Lewis Francis jurou que o seu controlo que acusou cannabis deveu-se ao consumo passivo. Ainda mais bizarra foi a justificação da francesa Fatima Yvelain, que após testar positivo para EPO, na sequência da maratona de Perpignan, em 2000, explicou que a substância «deve ter arrastado alguma substância que me entrou nos calções e nos ténis. Quando fui ao controlo, essa água contaminou a minha urina».

Mykhailo Mudryk, o último caso

Agora, é a vez de Mykhailo Mudryk, extremo do Chelsea, ter sido suspenso provisoriamente após um teste antidoping positivo. O jogador ucraniano, que se transferiu do Shakhtar Donetsk para o Chelsea no ano passado por uma verba a rondar os 70 milhões de euros, falhou os últimos cinco jogos do clube e não compete desde a partida da Liga Conferência a 28 de novembro.

Estes casos mostram que a batota é quase uma profissão no mundo do desporto, com os atletas a recorrerem a justificações cada vez mais criativas e bizarras para tentar escapar às sanções. Desde o sexo, à espionagem e à alimentação, as desculpas são as mais variadas, com poucos atletas a assumirem que tomaram conscientemente substâncias proibidas.

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