O Tribunal Judicial do Porto aceitou o pedido de indemnização de cinco milhões de euros feito pelo FC Porto contra os 12 arguidos da 'Operação Pretoriano'. O clube portista alega que as ações dos arguidos causaram perdas de receitas, oportunidades de negócios e patrocínios, além de uma quebra de desempenho da equipa principal, que comprometeu o acesso à Liga dos Campeões.
A juíza Ana Dias admitiu o pedido do FC Porto, bem como a inquirição de testemunhas e a análise de documentos anexos ao processo, que irá a julgamento.
Acusações do FC Porto
Segundo o comunicado do clube, «na visão do FC Porto, os arguidos causaram danos ao clube, nomeadamente perdas de receitas, oportunidades de negócios e de patrocínios, além de uma quebra de rendimento desportivo da equipa principal de futebol, que comprometeu o acesso à Liga dos Campeões na última edição do campeonato. Estão também em causa, consideram os portistas, danos reputacionais».
O FC Porto, através da sua subsidiária Porto Comercial, também requereu uma indemnização civil no âmbito do processo Bilhete Dourado, mas ainda não há decisão sobre esse pedido.
Operação Pretoriano
A Operação Pretoriano está relacionada com alegadas ameaças e agressões perpetradas por elementos da claque Super Dragões, liderados por Fernando Madureira, contra opositores da antiga direção do FC Porto, liderada por Pinto da Costa, durante a Assembleia Geral Extraordinária de 13 de novembro de 2013.
Segundo o Ministério Público, «o antigo líder da claque Super Dragões 'provocou na Assembleia Geral um clima de intimidação, coação, ameaça e agressão que impediu a livre manifestação por parte dos sócios da sua vontade'», refere um comunicado anterior do Conselho Fiscal e Disciplinar do clube.
Saúde de Pinto da Costa
Entretanto, o ex-presidente do FC Porto, Pinto da Costa, piorou de saúde e, por enquanto, não vai depor neste processo.
