Villas-Boas presta sentida homenagem a José Maria Pedroto

  1. Pedroto era um treinador inovador e um líder visionário
  2. As palavras de Pedroto marcavam, transformavam e ganhavam vida nos jogos
  3. Pedroto era considerado um de nós, a melhor versão de nós
  4. Pedroto dedicou a sua vida ao desporto, à formação e à realização humana

Emoção do presidente do FC Porto


O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, prestou uma sentida homenagem a José Maria Pedroto, o mítico treinador do clube, durante a antestreia do documentário «José Maria Pedroto, Um Homem Superior», no auditório com o nome do técnico, no Estádio do Dragão.

Villas-Boas começou por destacar a sua emoção por estar presente naquele momento, rodeado de tantas pessoas ligadas à história do FC Porto e a José Maria Pedroto. «É um prazer enorme para mim estar aqui, na vossa presença, ver tantas pessoas que estão ligadas ao FC Porto, à sua história, pessoas que contribuíram também com José Maria Pedroto para o seu sucesso, o sucesso do clube», afirmou.

O legado de Pedroto


O presidente portista lembrou duas notas que lhe chamaram a atenção nas anotações de Pedroto: «Amar o futebol» e «um jogo superior que se assemelha à arte». Para Villas-Boas, estas frases «transmitem na perfeição o que era o seu pai, o seu amor pelo jogo, pelo desporto, os valores que nos deixou, valores que transcendem o tempo, que marcam agora a história do FC Porto».

Villas-Boas destacou que Pedroto «não foi apenas um treinador inovador, mas um líder visionário que marcou e continua a marcar profundamente a identidade portista». O antigo técnico, carinhosamente apelidado de «Mestre», «não é uma figura do passado» e «continua a ser uma fonte de inspiração para o clube e para os seus sócios e adeptos».

A mensagem de Pedroto


«José Maria Pedroto é maior que a vida e vive omnipresente através do legado que nos deixou. Amante do desporto, nele ouviu um campo não apenas de competição, mas de formação e de realização humana. É essa crença que entregou a sua vida, estudando-a, pensando-a, partilhando-a com os seus, colocando-a ao serviço da sua comunidade, transformando-a numa causa maior», elogiou o presidente portista.

Villas-Boas destacou ainda a forma como Pedroto transmitia a sua mensagem, através de «aforismos que dele brotavam naturalmente», que «marcavam, transformavam e ganhavam vida ao domingo nos pés de Pavão, Oliveira, Gomes e de tantos outros que aprenderam a ouvir Pedroto». «As suas palavras marcavam, transformavam e ganhavam vida ao domingo nos pés de Pavão, Oliveira, Gomes e de tantos outros que aprenderam a ouvir Pedroto. As expressões e imagens que utilizava, as sínteses que fazia descreviam de forma crua, com uma clareza, só ao alcance de um sábio. Quem somos, do que somos feitos, à volta do que nos unimos, por que lutamos a nossa essência. Pedroto tinha arte pelo poder da palavra e transformava essa essência em vitórias», afirmou.

Legado de Pedroto


Villas-Boas destacou ainda que Pedroto «nunca duvidando que no seu balneário ou nas bancadas nada nem ninguém nos desviaria do nosso rumo enquanto fôssemos sérios, rigorosos, humildes e trabalhadores». «Aos seus, aos portistas, José Maria Pedroto era um de nós. Nunca deixou de ser um de nós. Era a melhor versão de nós. Esse é o seu maior legado», concluiu.

O presidente do FC Porto agradeceu à família de Pedroto por «partilharem connosco a forma de encarar a vida do vosso e nosso saudoso mestre» e deixou uma mensagem final: «Obrigado a todos. Longa vida a José Maria Pedroto. Viva o FC Porto».