Declarações pós-jogo
O empate por 4-4 entre Vitória de Guimarães e Sporting, na 17ª jornada da Liga, ficou marcado pelas declarações pós-jogo do treinador dos leões, Rui Borges. O técnico abordou diversos temas, desde a análise ao jogo, à sua saída do Vitória e à preparação para o próximo encontro com o FC Porto.
Apoio dos adeptos
Sobre a partida, Rui Borges começou por destacar a importância do apoio dos adeptos: «Os adeptos foram importantes como no último jogo e como serão daqui para frente. Ajudaram a equipa a não se desligarem do jogo. Acredito que o nosso caminho será feliz para todos nós. Os adeptos fizeram-se sentir, a equipa sentiu esse carinho.»
Análise do jogo
Quanto ao desenrolar do jogo, o treinador do Sporting reconheceu que a sua equipa teve uma primeira parte «bastante competente, em alguns momentos com mais qualidade, 60 minutos muito bons, mais equilibrados», mas depois «perdemos o equilíbrio e o controlo emocional do jogo.»
«Em termos físicos senti a equipa muito reativa e pouco proativa, muito lenta na abordagem, deixámos o Vitória acreditar. Fomos baixando e acabámos por ser penalizados, mérito da equipa em acreditar para chegar ao empate», analisou Rui Borges, lamentando que «uma equipa que quer ser primeira classificada não pode estar a ganhar por 3-1 e permitir que o adversário vire para 4-3, seja contra qual adversário for.»
Perda da vantagem
Questionado sobre a perda da vantagem de dois golos, o treinador dos leões foi claro: «Perdemos dois pontos, nesta casa só queremos ganhar e fazemos tudo para ganhar. Nunca ficaremos felizes com um ponto.»
Borges admitiu que a equipa «foi muito passiva nos duelos e não podemos ser», algo que terá de ser trabalhado, pois «é culpa minha, trabalho nosso que temos de fazer. Vai levar algum tempo, a equipa está com hábitos completamente diferentes.»
Preparação para o FC Porto
Questionado sobre a possibilidade de uma resposta diferente no próximo jogo, frente ao FC Porto, Rui Borges foi perentório: «O desempenho dos jogadores foi bom, estão longe do que quero, mas não estou chateado com os jogadores. Temos pouco tempo para trabalhar, é muito vídeo, muito diálogo, para ganhar essa competitividade temos de trabalhar, não temos tido esse tempo e não vamos tê-lo.»
Regresso ao Vitória
Já sobre o seu regresso ao Estádio D. Afonso Henriques, onde orientou o Vitória de Guimarães, Rui Borges confessou: «Vou ser verdadeiro, foi estranho. Não percebo, mas é para o lado que durmo melhor, o porquê da tristeza. Jamais disse ao presidente que queria sair do Vitória. Quando fui abordado disse que tinham de falar com o Vitória e quando o Sporting chegou a acordo com o Vitória aconteceu o que aconteceu.»
O treinador dos leões lamentou ainda o «ódio» que sentiu por parte dos adeptos do Vitória: «Saí do Vitória e deixei quatro milhões no clube, não percebo o porquê de tanto ódio, mas tenho de seguir a minha vida. Tenho um carinho enorme pelos adeptos, mesmo pelos que me trataram mal. Dei muito a ganhar ao Vitória desportivamente e financeiramente, vou gostar do Vitória para sempre, mas vou seguir o meu caminho. Fiquei triste por esse ódio.»