Com o ano civil a terminar, O JOGO convidou André Villas-Boas, 32.º presidente do FC Porto, a fazer um balanço de 2024 e a projetar o que aí vem. Após oito meses à frente dos destinos do clube, a eleição é, sem surpresa, um dos momentos que aponta como mais importantes a nível pessoal, assim como os desafios que se seguiram para devolver a credibilidade ao clube sem hipotecar as possibilidades de construir um plantel capaz de alimentar o museu.
Eleição Histórica
A nível pessoal, o balanço que faço de 2024 é muito especial, por razões óbvias. É o ano em que os sócios me elegeram como 32.º presidente do FC Porto, num ato eleitoral histórico, uma presença massiva por parte dos associados do FC Porto e esse ato eleitoral que acabou por ditar a minha vitória. A obtenção deste objetivo, mais destino de vida para mim, algo que eu sinto muito dentro de mim, era um desejo muito forte e a razão pela qual acabei por abandonar a minha carreira de treinador para me dedicar da alma e coração ao FC Porto e a continuar a construir o seu futuro vencedor, começou por dizer Villas-Boas.
Conquistas em 2024
O novo presidente do FC Porto destaca ainda a conquista da Taça de Portugal e da Supertaça no primeiro ano do seu mandato, bem como a renegociação da dívida do clube, um passo fundamental para nos tornarmos credíveis no mercado para podermos fazer face às nossas responsabilidades económico-financeiras e reduzir também o custo da dívida consideravelmente.
O FC Porto, para continuar a crescer, tem de ser credível, tem de ter as suas contas em dia, e assim o fizemos. Isso vai-nos ajudar, depois, a criar equipas competitivas, a atrair novos talentos, a podermos apostar finalmente na construção de um centro de alto rendimento. E deu-nos bastante folga para fazermos face às responsabilidades de quase 100 milhões de euros que tínhamos desde que tomámos posse e que conseguimos fazer face às mesmas, frisou.
Objetivos para 2025
Olhando para 2025, Villas-Boas traça como principal objetivo a conquista do título nacional, mas também a qualificação para a Liga Europa e a recuperação da competitividade das equipas portuguesas nas competições europeias, de forma a que o país volte a ter três vagas na Liga dos Campeões.
Os desejos de um futebol português competitivo, que tem obrigatoriamente de recuperar o seu lugar no ranking da UEFA. Para isso requer-se a competitividade das equipas portuguesas nas competições europeias, apontou, traçando desde já o objetivo interno. O FC Porto ambiciona, evidentemente, qualificar-se na Liga Europa, é uma responsabilidade maior. Restam dois jogos e espero que sejamos capazes de corresponder. Continuar rapidamente a quebrar esta ausência, no fundo, das três equipas portuguesas na Liga dos Campeões. É algo que temos que recuperar, e para isso é preciso pontuar neste ranking de coeficiente da UEFA o maior número de pontos possível para eliminar os Países Baixos do sexto lugar, explicou.
Crescimento do Clube
Finalmente, Villas-Boas apontou ainda como objetivos para o seu mandato o crescimento do clube, nomeadamente através do aumento do número de sócios (já são 147 mil e o objetivo é atingir os 150 mil nos primeiros meses de 2025) e do desenvolvimento das modalidades, com destaque para o futebol feminino, que tem dado passos largos e importantes e sido exemplar para toda a gente.