Depois da deceção sofrida na derrota caseira frente ao Atlético de Madrid na Liga dos Campeões, o FC Porto viajou até à Bélgica com a missão de regressar aos caminhos da glória europeia. No entanto, a equipa de Vítor Bruno apenas conseguiu um empate 2-2 diante do Anderlecht, num jogo marcado por erros defensivos e alguma falta de eficácia.
«Chegou a altura de mudar o chip e tentar regressar aos caminhos de glória pela Europa. Os dragões viajaram até à Bélgica em busca de uma espécie de renascimento... e deixaram a missão a meio», refletiu o cronista.
Otávio Ataíde, o regresso malogrado
A grande surpresa nas escolhas de Vítor Bruno para este jogo foi o regresso de Otávio Ataíde ao onze inicial. O defesa central não atuava desde 15 de setembro, mas a sua presença não se revelou suficiente para estabilizar a defesa portista.
«Não foi preciso muito. Apenas meros segundos para perceber o posicionamento de Otávio Ataíde na saída de bola. Colado à linha lateral e completamente subido no campo, viu num sprint o erro de Diogo Costa no passe que daria possibilidade ao Anderlecht de inaugurar o marcador aos 14 segundos - algo que só não aconteceu por uma posição irregular de muito poucos centímetros.»
Os velhos pecados mortais voltam a assombrar o FC Porto
Apesar de ter aberto o marcador através de uma grande penalidade convertida por Galeno, o FC Porto demonstrou alguma instabilidade defensiva ao longo do jogo. Os erros na marcação individual e o posicionamento algo desajustado da linha defensiva permitiram ao Anderlecht equilibrar o resultado ainda na primeira parte.
«A defesa estava inconstante perante um ataque belga que conseguiu driblar bem essas debilidades. O posicionamento na linha, as entradas à queima e a má abordagem na marcação individual deu vida a um Anderlecht que ainda se estava a encontrar em campo.»
Um empate que deixa sabor a pouco
Apesar de terem conseguido reequilibrar o marcador com um golo de Fábio Vieira, os dragões não conseguiram evitar o empate final, num jogo em que tiveram oportunidades para sair vitoriosos.
«E imperou até final, mesmo com um lance que certamente deu uma nova velocidade cardíaca aos corações portistas protagonizado por Gonçalo Borges. Arrancou pela ala, driblou sobre o defesa dentro de área, mas o remate foi uma analogia materializada do que se passou no jogo do FC Porto dentro das quatro linhas: a intenção foi notória, mas ficou a faltar a realidade sem erros.»