Apoio incondicional dos adeptos emigrantes
Apesar do momento interno conturbado do FC Porto, com três derrotas consecutivas, incluindo uma com o Benfica e outra que ditou o afastamento da Taça de Portugal, os adeptos portistas emigrantes em Bruxelas mantêm a fé na sua equipa. «Portista que é portista está sempre atrás da equipa, mesmo depois de jogos difíceis e numa altura em que as coisas não estão a correr como queremos», garante Sérgio Costa, emigrante português na Bélgica.
Dificuldades em conseguir bilhetes
Os dragões terão nas bancadas do recinto belga mais de 1300 adeptos, a grande maioria residente em Portugal, uma vez que não foi fácil para os emigrantes conseguir ingressos. «Não há possibilidade de ir ver o jogo, mas, quando se é portista desde pequenina, é uma alegria e um sonho ver a equipa e os jogadores de que gosto jogar aqui», refere Alexandra Rodrigues, também a viver em Bruxelas há 30 anos. Sérgio Costa teve mais sorte e vai ao estádio acompanhado pelo filho Leandro: «Conhecemos pessoas e consegui 25 bilhetes, mas os pedidos eram o dobro. Claro que agora, pelos valores atuais, está fora de questão. Se fosse ao preço do bilhete, não seria 50. Seriam facilmente 500».
Falta de apoios ao clube local
Os restantes ficarão por casa ou estarão distribuídos por alguns estabelecimentos da zona de Saint-Gilles, já que Bruxelas deixou de ter Casa do FC Porto e a interrupção da atividade do clube com o mesmo nome dificulta o convívio. «Há sempre grupos de dez ou 15 que se juntam, mas quando mistura adeptos de outros clubes pode correr mal», justifica Sérgio Costa, em jeito de lamento, mas movido pela fé de que melhores dias virão nesse departamento e para a equipa.
Fim do projeto do FC Porto Brussels
O FC Porto Brussels, campeão da Provincial 3 na temporada de 2021/22 e que tinha subido a uma divisão profissional, é agora um projeto suspenso por «falta de meios e apoios». «Tínhamos sido campeões, subimos a uma divisão profissional, mas tivemos de interromper a atividade há cerca de um ano por falta de patrocinadores, ajudas e de pessoas para auxiliar no dia a dia», conta Sérgio Costa, que capitaneava a equipa. «Tentámos arranjar uma solução para continuar, mas não foi possível. Não quer dizer que seja definitivo, mas nesta altura teve de ser assim», sustenta Alexandra Rodrigues, ex-dirigente do clube.