O FC Porto sofreu a sua terceira derrota consecutiva, algo que não acontecia há 18 anos, ao perder por 2-1 no terreno do Moreirense, na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Após o jogo, o treinador Vítor Bruno assumiu a culpa pelos maus resultados da sua equipa.
«Nunca me escondo, sou muito honesto no meu trabalho»
São números, uns jogam a favor, outros contra. Nunca me escondo, sou muito honesto no meu trabalho. Às vezes não faço as melhores opções, mas faz parte, começou por dizer Vítor Bruno, em declarações à Sport TV.
O técnico portista garantiu que tem «condições para continuar» e que a equipa vai «atacar rapidamente o treino de amanhã», uma vez que «o objetivo caiu, mas quinta-feira temos outro», referindo-se ao jogo da Liga Europa com o Anderlecht.
«O ónus tem de cair em cima de mim»
Vítor Bruno admitiu que os jogadores do FC Porto ficaram «desolados» com a derrota, mas garantiu que «eles não têm responsabilidade nenhuma» e que «o ónus tem de cair em cima» de si, uma vez que é ele quem os «comanda e lidera».
Mais do que chorar agora, que não adianta, é atacar o trabalho, cada um fazer também o exame crítico, perceber onde é que pode crescer. Ninguém, seja o mais experiente como o Marcano, com 37 anos, ou alguém como o Mora, com 17, tem a capacidade de saber tudo de futebol. É ter essa aceitação, receber a mensagem, produzir aprendizagem e crescer com os erros. A fase não é a melhor, mas isto é para o homem, afirmou.
«Não fujo à responsabilidade»
Já em declarações à Sport TV, o treinador do FC Porto voltou a assumir a responsabilidade pelos maus resultados da sua equipa. Não fujo à responsabilidade, encaro as pessoas de frente, não fujo. Tenho a plena consciência daquilo que faço, dou tudo aquilo que posso dar, tomo melhores decisões, menos boas, afirmou.
Vítor Bruno garantiu que tem «força para seguir» e que tem a «consciência tranquila», porque faz «sempre o melhor». O técnico portista admitiu que a equipa perdeu «constância exibicional» e que «os jogadores não ficam imunes àquilo que é o momento atual da equipa».
Analisando a derrota
De facto, vir de duas derrotas também condiciona, a equipa depois apanha-se a perder, quer muito jogar com o coração e acaba por não tomar as melhores decisões. Tínhamos gente na área, é verdade, mas nem sempre procurámos bem os homens da frente. Tentámos, as decisões também não foram as melhores, pois é verdade que a partir do 2-1 não criámos praticamente nenhum lance de golo, fruto também de alguma intranquilidade que se via na equipa, analisou.
Apesar da situação delicada, Vítor Bruno garantiu que tem «força para seguir» e que tem a «consciência tranquila», porque faz «sempre o melhor». O técnico portista admitiu que a «responsabilidade e o ónus caiam em cima do treinador» e que é a «ele que têm que cobrar», mas garantiu que vai continuar a trabalhar para melhorar os resultados da sua equipa.