Sem clube, Conceição analisa carreira de jogador e treinador
Após o término da época 2023/24, o treinador Sérgio Conceição encontra-se atualmente sem clube. Numa conversa no programa «Bitaites D'Ouro», o técnico de 49 anos aproveitou para refletir sobre o seu percurso tanto enquanto jogador como enquanto treinador.
«Como treinador não gostava de ter um jogador Sérgio»
Sérgio Conceição revelou que, enquanto treinador, não teria gostado de ter um jogador com as suas próprias características. Nas suas palavras: «Como treinador não gostava de ter um jogador Sérgio. Eu gostava de ter algumas das características do jogador, mas não aquela azia descomunal».
O técnico recordou também o famoso hat-trick que marcou contra a Alemanha, no Euro 2000, destacando a «inteligência» do grupo da Seleção Nacional naquela altura. «Tinha feito épocas fantásticas e era sempre o 12.º. Os violinos da Seleção: Rui Costa, João Vieira Pinto, Pauleta, Figo. E da frente quem saía? O Sérgio Conceição e eu não podia com aquilo. O Humberto Coelho [selecionador], contra uma Alemanha fortíssima…Foi uma oportunidade única.»
«O jogador mais ranhoso que treinei»
Já no final da sua carreira de jogador, Sérgio Conceição passou pelo PAOK, onde foi treinado por Fernando Santos, que o classificou como «o jogador mais ranhoso que treinou». Nas palavras do próprio Conceição: «Apanhou-me com 33 ou 34 anos e diz que fui o jogador mais ranhoso que treinou. Eu era insuportável quando perdia, era um problema se ficasse no banco. Não com os colegas ou treinadores, mas comigo».
Enquanto treinador, Sérgio Conceição passou por diversos clubes, como Olhanense, Académica, Sp. Braga, Vitória de Guimarães e Nantes, até chegar ao FC Porto, em 2017, onde se tornou o técnico mais titulado da história do clube, com 11 troféus conquistados. No Sp. Braga, Conceição revelou ter sido «o primeiro treinador a contratar alguém que podia ajudar a nível emocional», pois acreditava que era uma «mais-valia» para as suas equipas.
Quanto ao futuro, Sérgio Conceição não guarda certezas, admitindo que, na fase final da sua sétima época no FC Porto, diria que terminaria a carreira «em breve». No entanto, após dois meses em casa, já não pensa nisso, e a sua mulher «agradece».