O reencontro dos Clássicos
A jornada 11 da Liga Portugal Betclic marca o regresso dos Clássicos entre Benfica e FC Porto. Ao contrário das últimas duas épocas, Roger Schmidt e Sérgio Conceição não são os mentores das duas equipas neste frente a frente capaz de mover paixões. Se Bruno Lage está de regresso ao banco encarnado, Vítor Bruno faz a estreia absoluta frente às águias. Um batismo que poderá ser especial, caso o técnico portista leve a melhor.
Em busca de factos especiais para adornar os dias que antecedem um dos duelos do ano, o zerozero descobriu uma curiosidade rara, que pode ser duplicada pelo antigo adjunto dos azuis e brancos.
Vítor Manuel, o primeiro a bater o Benfica
Filho do saudoso Vítor Manuel, treinador de equipas como Belenenses, Académica, UD Leiria ou Vitória FC, Vítor Bruno tem em mãos a possibilidade de imitar o progenitor caso saia vitorioso do Estádio da Luz. Se tal acontecer, confirmar-se-á a segunda dupla, pai-filho, a conseguir derrubar as águias. «Faz ideia de que outro duo estamos a falar?», questiona o artigo.
Ora, se em 36 confrontos contra o Benfica - pela Académica, SC Braga, Penafiel, UD Leiria, Belenenses, Leça, Salgueiros e Alverca -, Vítor Manuel levou as águias de vencidas em três ocasiões, Mourinho Félix foi o primeiro grande ideólogo desta parceria familiar, nos 12 embates registados.
José Mourinho, o primeiro descendente a bater o Benfica
Num despique pessoal iniciado num Benfica - Belenenses em fevereiro de 1971, o pai do Special One levou a melhor sobre o clube da Luz, pela primeira vez, em 1981. Então técnico do Rio Ave, o triunfo sobre os encarnados foi histórico para o emblema vilacondense, que nunca antes tinha derrotado os lisboetas.
Seguiram-se várias épocas até ao segundo e derradeiro êxito - garantido em 1995 pelo Vitória FC -, numa altura em que Vítor Manuel já havia iniciado o respetivo percurso vitorioso. De resto, foi entre 1994 e 1997 que o pai do atual técnico dos dragões angariou todas as vitórias diante do Benfica: uma pela UD Leiria, duas com o Belenenses.
Por ordem natural da vida, José Mourinho foi o primeiro dos descendentes a iniciar a carreira nos bancos de suplentes e, consequentemente, o único até ao momento a preconizar a mossa causada pelo pai, depois de um percurso curiosamente iniciado de águia ao peito. «Em apenas nove duelos, José Mourinho impôs a depressão da derrota por seis ocasiões ao Benfica, tendo perdido apenas por uma ocasião, em 2003/04, quando deixou escapar a final da Taça de Portugal para as águias ao serviço dos dragões.»
Um registo exemplar que pode servir de motivação adicional a Vítor Bruno para um despique que não se espera nada menos que escaldante. Que venha daí o 256º capítulo deste certame!
