Laterais do FC Porto no centro do ataque
A influência dos laterais no jogo ofensivo do FC Porto continua a crescer, tornando-se uma séria ameaça à produção da época passada. João Mário, Martim Fernandes e Moura (este último ainda não começou a temporada pelos dragões) somam, cada um, quatro assistências para golo em todas as competições.
Em 2023/24, nos 52 jogos e 100 golos marcados pelos azuis e brancos, seis laterais - Jorge Sánchez, Zaidu, Wendell, João Mendes e, novamente, João e Martim - contribuíram para 18 desses golos, principalmente através de assistências. João Mário marcou dois golos e Wendell quatro.
Influência evidente nos resultados
Mais de um terço dos 27 golos do FC Porto neste campeonato foram servidos pelo trio de laterais, com uma influência particularmente evidente nos 4-0 impostos ao Estoril, com duas assistências de Martim e outra de João Mário, três minutos após ter entrado.
Das 12 assistências dos laterais, apenas duas não foram na Liga Bwin: Moura deu um golo a Samu contra o Bodo/Glimt e João fez o mesmo diante do Manchester United, na Liga Europa. Wendell tem apenas 47 minutos esta época, 22 no campeonato e 25 na Taça de Portugal, saindo lesionado no jogo com o Sintrense.
Lateral-direito Martim destaca-se
Aos 18 anos, Martim Fernandes conquistou a titularidade no FC Porto e continua a fazer história, dando-se a conhecer à Europa, onde já é o terceiro lateral-direito mais valioso (6 M€) da sua idade. Apenas Héctor Fort (10 M€), do Barcelona, e Kosta Nedeljovic (8 M€), do West Ham, têm uma cotação superior.
Martim tinha apenas cinco anos na última vez em que um jogador do FC Porto bisou em assistências em dois jogos consecutivos do campeonato. James Rodríguez ofereceu dois golos numa deslocação a Guimarães e numa receção ao Paços de Ferreira, em maio de 2011, tal como Martim fez agora, nas Aves e com o Estoril.
Entendimento com os alas
Seja à esquerda ou à direita e para lá do que os números mostram, a importância dos laterais no ataque tem sido bem visível sempre que o FC Porto procura a largura e a sobreposição nos corredores. O entendimento com os alas, sejam Galeno, Pepê ou Fábio Vieira, também ganha afinação e só a assistência de Moura para o bis de Samu, em Guimarães, não nasceu de um cruzamento, mas sim de um passe em profundidade.