Reforços e fair play financeiro
No seguimento da publicação e apresentação do Relatório e Contas do FC Porto, José Pereira da Costa, chief financial official, explicou alguns dados relevantes das contas dos dragões referentes ao exercício compreendido entre 1 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024.
Entre os principais pagamentos efetuados até 30 de setembro, Pereira da Costa destacou: «5,6 milhões de euros de David Carmo, 5,3 milhões de euros por Gabriel Verón, 3,3 milhões de euros de Alan Varela, três milhões de euros por Otávio, 2,1 milhões de euros por Francisco Conceição e 1,5 milhões de euros por Samuel Portugal.»
Cumprimento do fair play financeiro
O dirigente explicou ainda que o clube conseguiu cumprir os requisitos do fair play financeiro da UEFA: «Começámos a pagar compromissos antigos, que, se não forem cumpridos por nós, não conseguimos efetivar, também, o fair play da UEFA. Passámos plenamente e cumprimos com sucesso os controlos de 30 de junho e 30 de setembro e voltámos a ter credibilidade junto dos nossos parceiros.»
Apesar de não ter conseguido abater a dívida de 16 milhões de euros a fornecedores, Pereira da Costa afirmou que «pensamos que vamos diminuir essa dívida» e que «não houve fornecedores a quem aumentássemos as dívidas vencidas, portanto, retomámos a normalidade de pagar o que vamos consumindo».
Possíveis saídas de jogadores
Em outro comunicado, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, abordou a possibilidade de saídas de jogadores no mercado de janeiro de 2025. Villas-Boas garantiu que, caso haja interesse em algum dos jogadores, o clube «remeteremos para as cláusulas de rescisão».
«Construímos esta equipa para atacar o campeonato e estamos confiantes e relativamente tranquilos de que assim se manterá até junho [do próximo ano]», afirmou o dirigente.
Resultados e expansão associativa
Villas-Boas também comentou sobre o resultado líquido negativo de 21 milhões de euros registado no relatório e contas da temporada 2023/24, uma melhora de 26,627 milhões em relação ao exercício anterior. Segundo o presidente, essa atividade económica do FC Porto «assenta em três eixos: direitos televisivos, apuramento para a Liga dos Campeões e transferências de jogadores».
«Quisemos construir uma equipa competitiva, ao fazer investimentos em jovens e baixando consideravelmente a média de idades da equipa principal. Sabemos que esta atividade vai gerar sempre receita. Depois, queremos melhorar e tornar mais eficaz a parte relacionada com a contenção de custos», explicou Villas-Boas.
O dirigente também destacou a expansão do movimento associativo 'azul e branco', com o aumento do número de sócios (de 125.739 para 140.317) e de lugares anuais vendidos (de 22.782 para 27.622) no primeiro trimestre da temporada 2024/25. «Estamos a estudar do ponto de vista comercial para que sejamos a muito curto prazo o segundo clube com mais sócios em Portugal. O Benfica destaca-se largamente nesse sentido, mas queremos encurtar distâncias para o Sporting», afirmou.