O início da instrução da Operação Pretoriano, marcado para esta sexta-feira, foi novamente adiado devido à greve dos oficiais de justiça. Este processo tem um total de nove arguidos, entre eles Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões.
Nesta fase, o juiz de instrução criminal vai decidir se o processo avança, e em que moldes, para julgamento. Inicialmente estava marcado para as 9h30, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, mas foi alterado para a próxima segunda-feira, à mesma hora.
Isto complica seriamente o trabalho da nossa defesa, mas os funcionários têm o direito de fazer greve. É legítimo, referiu Cristiana Carvalho, advogada de Saul.
Na fase instrutória, Fernando Madureira, em prisão preventiva há nove meses, e Sandra Madureira, mulher do arguido, serão interrogados. O casal liderava os Super Dragões, com Sandra a ocupar o cargo de vice-presidente do grupo organizado de adeptos do FC Porto. Carlos Nunes (Jamaica), José Pedro Pereira e Fernando Saul são outros dos arguidos e também vão ser ouvidos.
De recordar que o Ministério Público acusa estes nove arguidos de criarem um «clima de intimidação e medo» numa Assembleia Geral do FC Porto, a 13 de novembro de 2023. No total são 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.