Medidas disciplinares após incidentes na Assembleia Geral
O FC Porto tomou uma série de medidas disciplinares contra alguns dos seus sócios, na sequência dos incidentes ocorridos durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do clube, realizada a 13 de novembro de 2023.
Segundo a informação avançada, além de Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira, também o próprio Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões, e outros implicados na Operação Pretoriano, como Hugo Polaco e Vítor Catão, foram notificados da decisão do Conselho Fiscal e Disciplinar de os expulsar da condição de sócios do FC Porto.
Incidentes na Assembleia Geral
Essa decisão surge na sequência da investigação do Ministério Público sobre os incidentes na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) destinada à revisão de estatutos e que acabou cancelada devido a desacatos e agressões no pavilhão., explicou uma fonte.
Na sequência desta AGE, foi lançada a Operação Pretoriano, que conta com 12 arguidos, sendo que, neste momento, apenas Fernando Madureira permanece em prisão preventiva desde janeiro.
Arguidos da Operação Pretoriano
Além de Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor 'Catão', Vítor 'Aleixo' e o seu filho Vítor Bruno Oliveira, Fernando Saúl, ex-speaker e Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA), José Pereira, José Dias e Carlos 'Jamaica' são também arguidos na Operação Pretoriano e sócios do FC Porto.
Segundo o Jornal de Notícias, estes sócios têm agora um período de dez dias para contestar a nota de culpa enviada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar.
Comunicado da Direção do FC Porto
A direção do FC Porto, liderada por André Villas-Boas, já tinha emitido um comunicado em agosto, onde garantia que iria proceder à participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados ao abrigo do referido processo com vista à instauração, instrução e decisão de competentes processos disciplinares.
Em suma, a direção do FC Porto pretendia "que nestes processos sejam apuradas as devidas responsabilidades dos associados em questão e aplicadas as sanções disciplinares previstas nos Estatutos do Clube que se vierem a revelar apropriadas tendo em conta a gravidade dos incidentes e comportamentos em causa.", acrescentou a fonte.
Acusação do Ministério Público
A Operação Pretoriano está relacionada com uma eventual tentativa da claque Super Dragões criar um clima de intimidação e medo na AG do FC Porto, realizada a 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada a revisão estatutária, do interesse da Direção azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa, sustenta a acusação do Ministério Público (MP).
Os arguidos estão acusados de vários crimes, incluindo ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação.