Vermelho revertido
Pela primeira vez na sua carreira, Bruno Fernandes viu dois vermelhos consecutivos, o primeiro na receção ao Tottenham (0-3) e o segundo no Estádio do Dragão com o FC Porto para a Liga Europa (3-3). No entanto, a sua primeira expulsão foi revertida, o que permite ao internacional português não ficar de fora dos próximos dois jogos da Premier League, após já ter estado no nulo no terreno do Aston Villa, no qual foi novamente titular.
Análise de Howard Webb
«Sim, foi um erro. O cartão vermelho foi corretamente anulado no recurso. Ouvimos no áudio que o árbitro assistente veio com a informação de que se tratava, na sua posição, de uma infração passível de cartão vermelho e o árbitro seguiu o seu conselho e deu o vermelho», começou por dizer o antigo árbitro Howard Webb.
«Quando olhamos para as imagens, vemos que o contacto é alto e que Bruno Fernandes escorrega primeiro e põe o pé para fora para parar Maddison. Não é uma tentativa de agarrar a bola, da posição do árbitro assistente - ele tem uma boa visão, uma boa visão aberta, um ângulo de visão melhor do que o do árbitro -, parece que há pitões a entrar na canela, e se houver seria cartão vermelho, mas é apenas um ligeiro erro de leitura», explicou Webb.
Opinião de Roberto Martínez
Roberto Martínez, treinador da seleção portuguesa, também questionado sobre o momento do médio, garantiu que o próprio VAR já lhe confirmou que a decisão era, de facto, incorreta:
«Quando o VAR verifica, forma a opinião de que a 'decisão do árbitro' não está claramente errada, porque vê a ação com o contacto elevado, sem tentativa de jogar a bola, com alguma força e, por isso, decide no seu julgamento profissional que a decisão do árbitro não está claramente errada. Penso que é errado. Penso que, por ser com a parte lateral do pé, não há absolutamente nenhum pisão, não há nenhuma entrada do pé no adversário, é mais uma ação de tropeçar. Não há força excessiva, não há perigo para a segurança de Maddison», revelou Martínez.
«Quando se tem o benefício de ver isto da forma que podemos ver aqui, pensamos que deveria ter sido uma intervenção. O VAR apoiou a decisão em campo - a decisão do árbitro - e não o deveria ter feito, e deveria ter enviado o árbitro para o ecrã para ver este ângulo. Já falámos sobre isto, falei com o VAR. Ele aceita que a decisão do árbitro neste caso foi claramente errada. Quando ele formou a opinião, não estava nesse limiar. Este foi um erro e a aprendizagem é tirada dele. O mais importante aqui é que o contacto não tem força excessiva e não põe em perigo a segurança do adversário, embora eu compreenda porque é que os árbitros em campo pensaram, em tempo real, que tinha sido», finalizou.