Queixas de equipas contra a NASCAR
Duas equipas da NASCAR, a 23XI Racing co-propriedade da lenda da NBA Michael Jordan e do piloto Denny Hamlin, e a Front Row Motorsports, apresentaram uma queixa num tribunal de Charlotte, na Carolina do Norte, acusando a NASCAR de práticas monopolistas na gestão do principal campeonato de stock car nos Estados Unidos.
As duas equipas recusaram-se a assinar o contrato (charter) que estará em vigor entre 2025 e 2031 e que regula aspetos como a participação e receitas das equipas. Consideram que a NASCAR está a ter um comportamento «de controlo anticompetitivo e monopolista da modalidade», acusando-a de «bullies monopolistas».
Acusações de práticas monopolistas
Na queixa, as equipas argumentam que «ao bloquear a formação ou o crescimento de qualquer série concorrente de corridas de stock cars, a NASCAR conseguiu forçar as equipas a aceitar condições económicas tipo pegar ou largar para competirem ao mais alto nível». Acrescentam ainda que «a família France tem obtido lucros de monopólio através da propriedade e controle sobre a National Association for Stock Car Auto Racing (NASCAR), explorando o seu poder económico como a única e principal organização de corridas de stock car nos Estados Unidos».
As equipas enumeram ainda várias práticas monopolistas e anticompetitivas impostas pela NASCAR, como a obrigação de comprar peças a fornecedores únicos escolhidos pela própria NASCAR, a proibição de participar em outras corridas de stock car, a retenção da propriedade sobre peças e carros, a compra de principais pistas de corrida, ou a imposição de acordos de exclusividade em pistas sancionadas.
Vontade de promover maior competitividade
Michael Jordan, que fundou a 23XI em 2020, emitiu um comunicado pessoal onde afirma: «Todos sabem que sempre fui um competidor feroz, e essa vontade de vencer é o que me motiva e a toda equipe 23XI a cada semana na pista. Adoro as corridas e a paixão dos nossos fãs, mas a forma como hoje a NASCAR é administrada é injusta para as equipas, pilotos, patrocinadores e adeptos. A ação apresentada mostra que estou disposto a lutar por um mercado competitivo onde todos ganhem.»
As equipas revelaram que vão apresentar outra ação que lhes permita continuar a competir em 2025, enquanto o caso não ficar resolvido judicialmente. Afirmam que «compartilhamos uma paixão pelas corridas, a emoção da competição e a vitória. Fora das pistas, compartilhamos a crença de que a mudança é necessária para a modalidade que amamos. Apresentámos juntos este antitrust para que as corridas possam prosperar e tornarem-se num desporto mais competitivo e justo, de maneira que beneficie equipas, pilotos, patrocinadores e, o mais importante, adeptos».