Escândalo na gestão do FC Porto: a ascensão e queda da «Abutre & Irmãos, Lda»

  1. O FC Porto foi assaltado em muitos milhões de euros nos últimos anos
  2. Auditoria forense vai revelar os responsáveis
  3. Empresas e agentes próximos da direção de Pinto da Costa receberam comissões exageradas
  4. Pedro Pinho encaixou 7,5 milhões de euros em intermediações de negócios
  5. Venda de Otávio ao Al Nassr resultou em apenas 60% do valor acordado para o FC Porto

O cenário hipotético


Esqueçamos o FC Porto, por momentos. Coloquemos o nome de uma empresa fictícia para exemplificar o absurdo. «Abutre & Irmãos, Lda», para condizer com o estilo e a forma.


Ora, imaginemos que a firma supracitada produz tijolos de grande qualidade, matéria-prima de excelência, e que vive/sobrevive fundamentalmente das exportações. Especializada no ramo, certamente terá contactos preferenciais, recetores de confiança. E terá, com toda a certeza, funcionários com capacidade de gerir diretamente o processo, sem intermediários que suguem parte do lucro e atrapalhem/bloqueiem o envio da mercadoria.

O absurdo tornado realidade


Agora, num cenário estapafúrdio, coloquemos a «Abutre & Irmãos, Lda» a transacionar ladrilhos de primeiro nível, para um destino habitual. E, ao contrário do que é suposto e aceitável no mundo da construção civil, a entregar 36 por cento do valor conseguido a um middle man.


Para alguma empresa, do ramo da construção ou do ramo desportivo, recorrer a intermediários tão bem ressarcidos, só há duas explicações possíveis: ou a companhia assume a absoluta incompetência dos seus funcionários oficiais ou deve favores ao intermediário e compensa-o através desse saque ao valor total dos negócios.

O assalto ao FC Porto


Seja como for, qualquer um dos cenários é assustador. E, já agora, absolutamente reais. Verificaram-se no FC Porto ao longo dos últimos anos, perante o beneplácito e a complacência dos órgãos sociais eleitos.


Sejamos claros: o clube foi assaltado e foi assaltado em muitos milhões. A auditoria forense, nesta altura a ser realizada, colocará os nomes dos responsáveis em evidência.

O papel de Pedro Pinho


À boleia do excelente trabalho feito pelos jornalistas Pascoal Sousa e Paulo Pinto, no jornal A Bola, recupero dados relativos a essa gestão passada. Uma gestão de incompetência evidente, danosa e perigosa. Dolo ou crime? Os auditores o dirão.


Certos, porque inscritos nos vários Relatórios e Contas, são os prémios comissionistas exagerados e desajustados atribuídos a empresas e agentes próximos à direção de Pinto da Costa. Aqui, uma vez mais, destaca-se o senhor Pedro Pinho. Desconheço a competência (ou falta dela) do indivíduo, mas a conclusão é simples: o homem tinha o FC Porto na mão e usufruía de uma relevância, aos meus olhos, promíscua e incompreensível.

Os negócios ruinosos


Olhemos os números, uma vez mais: Pinho e as suas empresas encaixaram 7,5 milhões de euros (sete milhões e meio de euros, assim, por extenso, para que todos possamos ler sem dúvidas) na intermediação de negócios sem fim, sendo que na esmagadora maioria dos mesmos não era nem empresário do futebolista, nem funcionário dos clubes envolvidos. Notável, de facto.


Os tais 36 por cento, exemplificados na forma de absurdo, entraram mesmo na conta de Pinho. Aconteceu na mudança de Sérgio Oliveira para o Galatasaray, um processo tristemente famoso por ter resultado em… menos-valias para o FC Porto. Não há engano. Oliveira deixou o Porto, partiu para Istambul e o Dragão perdeu (!) 821 euros. O negócio foi avaliado em três milhões de euros, mas o dinheiro esfumou-se em custos de intermediação, mecanismo de solidariedade e, claro, uma comissão de 1,082 milhões para o amigo Pinho - a saída de Marchesín para o Celta também é histórica, por ter gerado menos-valias de 989.259 euros.


A venda de Otávio é outro escândalo. Estou a medir bem as palavras, as sílabas, as letras. Um escândalo. Dos 60 milhões acertados entre FC Porto e Al Nassr, os depauperados cofres dos dragões receberam pouco mais de metade. Para Pedro Pinho seguiram 28 por cento – 17 milhões de euros, para que não haja dúvidas.

Conclusão


A pornografia financeira e o saque organizado levaram o FC Porto à pré-ruína. Isto é claríssimo e a autópsia às contas irá prová-lo. Claro que o novo portal de transparência, pese todos os seus méritos, pode e deve ser melhorado. Os sócios têm o direito de saber, em detalhe, todas as ações decididas pela direção eleita. O caminho certo é esse e merece ser imitado por Benfica, Sporting e restantes emblemas nacionais.


Não me desvio do essencial: depois de serem autores, co-autores ou simples facilitadores de escândalos atrás de escândalos, os senhores que geriram o FC Porto na última década tinham a obrigação de pedir desculpa e aguardar em silêncio. A «Abutre & Irmão, Lda» existiu mesmo. E vestiu de dragão azul anos a mais.

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Estoril encontra trio de ouro no meio-campo

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Federação Portuguesa de Futebol vai distribuir 6,662 milhões de euros por 30 clubes

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  2. O valor é proveniente do Fundo de Solidariedade da UEFA para a formação
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  4. O apoio não abrange os quatro clubes portugueses que disputaram as provas europeias na época 2023/24

Viktor Gyokeres, a joia do Sporting na mira do Barcelona

  1. Gyokeres tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros no Sporting
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  4. Adeptos do Barcelona pediram a Laporta que "fechasse" Gyokeres

Kanya Fujimoto recebe prémio de médio do mês na Liga

  1. Kanya Fujimoto, de 25 anos, escolhido médio do mês na Liga
  2. Marcou 2 golos e 2 assistências em 6 jogos consecutivos como titular
  3. Recebeu 18,80% dos votos dos treinadores, superando Nico González e Daniel Bragança
  4. «É um prémio meu, mas é também de toda a equipa, dos meus colegas. Eles ajudam-me muito, por isso este prémio é também de todo o grupo. A base deste sucesso é a confiança. Se tiveres confiança, jogas melhor e consegues usufruir melhor do futebol.» - Kanya Fujimoto

Fujimoto, médio do Gil Vicente, vencedor do prémio de melhor jogador da I Liga de setembro e outubro

  1. Fujimoto, médio do Gil Vicente, venceu o prémio de melhor jogador da I Liga de setembro e outubro
  2. Fujimoto, de 25 anos, foi titular em 6 jogos, marcando 2 golos e dando 2 assistências
  3. Fujimoto recolheu 18,80% dos votos dos treinadores, superando Nico (17,09%) e Daniel Bragança (14,53%)
  4. «É um prémio meu, mas é também de toda a equipa, dos meus colegas. Eles ajudam-me muito, por isso este prémio é também de todo o grupo»

Um clássico à prova de emoções

  1. Um Clássico. Duas tribos, raiva e amor, paixão e pozinhos de ódio. Rivalidade e doença.
  2. Se não fosse o dom da bola, o êxtase do golo, para onde iria tanta verve e coração?
  3. Em português simplificado, o FC Porto não tinha dinheiro para cumprir as obrigações mensais. Com os seus funcionários e com os seus fornecedores.
  4. a competência do trabalho realizado nos escritórios exige da obra no relvado uma resposta igualmente competente.
  5. o FC Porto não tem sido capaz de ser... o FC Porto.