Ao fim das cinco primeiras jornadas do campeonato, o FC Porto é a equipa que mais rematou à baliza na Liga (38 remates). No entanto, esse domínio não se tem traduzido em golos, com os Dragões a contabilizarem apenas nove tentos marcados - o segundo melhor registo da prova, atrás do Sporting (19 golos).
«Quando temos intenção estaremos sempre mais perto de ser bem-sucedidos», sustentou o treinador-adjunto Vítor Bruno, reconhecendo as dificuldades de concretização da sua equipa. De facto, a média de 8,6 remates por jogo é a mais alta das últimas sete temporadas, mas tem sido acompanhada por uma baixa eficácia, com jogadores como Jhonatan e Ricardo Velho a estabelecerem recordes de defesas numa jornada.
Domínio na posse de bola não se traduz em golos
O FC Porto é a equipa com maior posse de bola na Liga (64,2%), mas esse domínio não se tem refletido em golos marcados. Apesar de, por exemplo, terem registado nove remates contra o Farense - um recorde da prova esta temporada -, sete desses foram desperdiçados.
Os azuis e brancos pecam também por «excesso» de pontaria aos ferros, com quatro bolas a baterem nas estruturas da baliza adversária. Este é um registo partilhado com o V. Guimarães, o próximo adversário dos Dragões.
Materializar a produção ofensiva é o grande desafio
Materializar em golos a elevada produção ofensiva do FC Porto é, portanto, o grande desafio da equipa de Sérgio Conceição. Se conseguirem concretizar as inúmeras ocasiões que criam, os adeptos poderão ver o «coração bater com maior serenidade».
Tal como referiu Vítor Bruno, a «intencionalidade» da equipa está lá, faltando agora a eficácia na finalização para que os Dragões possam ascender ao topo da tabela classificativa.