Com a entrada em vigor de um novo protocolo entre a SAD do FC Porto e a claque Super Dragões, os adeptos passam a ser diretamente responsabilizados pelo pagamento das multas aplicadas pelo Conselho de Disciplina (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Nas primeiras quatro jornadas do campeonato e da Supertaça Cândido de Oliveira, o clube do norte foi multado num total de 13 288 euros, sendo que 7780 euros são relativos a incidentes com o público.
Multas que dificilmente recaem sobre os Super Dragões
Dos 7780 euros em multas devido a comportamento incorreto do público, 2550 euros referem-se a um jogo contra o Rio Ave, no Estádio do Dragão, por causa de «um grupo de cerca de cinquenta adeptos que envergava indumentária de cor preta» ter deflagrado «dois flash lights e um pote de fumo». Contudo, estes adeptos estavam fora da Zona com Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos, pelo que dificilmente esta multa poderá ser imputada à claque. Além disso, a indumentária preta é normalmente utilizada pelo grupo dos "Casuals".
Mudança significativa no protocolo
Assim, apenas 5230 euros poderão ser imputáveis ao mau comportamento da claque Super Dragões, resultantes de incidentes nos clássicos da Supertaça e de Alvalade. Nos outros três jogos oficiais, os Super Dragões tiveram bom comportamento, não havendo registo de qualquer coima por sua responsabilidade, algo que nos anos anteriores raramente sucedeu.
No protocolo anterior, a SAD do FC Porto poderia "exigir o pagamento total ou parcial de tais montantes", mas não há notícias de que tal alguma vez tenha acontecido. Agora, porém, tudo mudou e a administração de André Villas-Boas responsabiliza diretamente o grupo de adeptos pelos seus atos, passando a fatura das multas aplicadas pelo CD. Para já, com os resultados que estão à vista: a claque tem causado menos incidentes nas bancadas.