Em entrevista ao programa 'Contraste' da TVI Player, Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, destacou José Mourinho e Sérgio Conceição como os treinadores que mais o marcaram durante a sua longa presidência no clube.
José Mourinho e a conquista de títulos europeus
Segundo Pinto da Costa, «durante os 42 anos de presidência foi o José Mourinho» o treinador que mais o marcou. «O José Mourinho veio numa altura crítica, com uma convicção grande. Na altura estávamos muito mal classificados no campeonato, lutávamos para ir a uma competição europeia, que era a Taça UEFA, até à última jornada, foi aí que conseguimos a qualificação, e ele na apresentação disse aos jogadores 'para o ano vamos ser campeões'. Foi uma frase que ficou célebre, mas disse aquilo com tal convicção que convenceu toda a gente e fomos campeões.»
O ex-presidente do FC Porto destacou ainda as conquistas europeias sob o comando de Mourinho: «Vencemos duas competições europeias seguidas, a Taça UEFA em Sevilha e a Liga dos Campeões em Gelsenkirchen, dos maiores êxitos, ele está ligado a dois, e depois tinha uma alegria, uma forma de estar e de conviver que era um prazer. Nos estágios passávamos horas deliciosas a conversar, a contar histórias, foi o treinador que mais me marcou.»
Sérgio Conceição e a conquista de 11 títulos
Apesar de destacar a importância de José Mourinho, Pinto da Costa também reconheceu o papel fundamental de Sérgio Conceição no período mais recente da história do clube. «Recentemente, o treinador que mais me marcou foi o Sérgio Conceição, porque conheço-o desde os 16 anos, foi quando ele veio para o FC Porto, e foi por responsabilidade minha que ele veio para treinador do FC Porto, contra a vontade da maioria da direção. Foi uma aposta minha e ao final de sete anos ganhar onze títulos é evidente que é um treinador que tem que marcar.»
Evanilson e a recusa em vendê-lo
O ex-presidente do FC Porto revelou ainda que, no ano passado, recebeu uma proposta «muito superior» pela transferência de Evanilson, mas optou por não vender o jogador. «Não era capaz de vender agora o Evanilson. No ano passado tive uma proposta muito superior àquela por que foi vendido agora e não vendi. É pensar como adepto e no que pensam os adeptos, os adeptos querem é vitórias, desde que o clube se mantenha vivo e a jogar, querem lá saber se a conta está mas alta ou mais baixa, e eu, como adepto, penso que houve jogadores que deveriam ter saído e não fui capaz.»