Missão aparentemente impossível no Dragão
O próximo desafio do Rio Ave é em pleno Estádio do Dragão, diante do todo-poderoso FC Porto, e a tarefa antevê-se, no plano meramente teórico, extremamente difícil para os comandados de Luís Freire. Afinal, pela frente estará um crónico candidato ao título, que tem tido um início de época extremamente positivo, e num palco que se prevê praticamente lotado. Todos estes dados juntos, aos quais há ainda a juntar a (natural) diferença entre os dois clubes, antecipam sérios problemas ao emblema de Vila do Conde.
Mas o futebol não é uma ciência exata – razão pela qual é tão apaixonante – e o resultado de um jogo pode ser totalmente diferente daquele que se perspetiva.
Rio Ave surpreendeu no último encontro
E foi exatamente isso que aconteceu na temporada transata. Porque no passado dia 3 de fevereiro, jogava-se, então, a 20.ª jornada da Liga, o Rio Ave regressou do Dragão com um ponto na bagagem. Contra todas as expectativas (meramente teóricas, lá está…) a formação da caravela conseguiu anular o poderio ofensivo dos azuis e brancos e o jogo terminou… como começou: 0-0.
Costinha recorda o feito defensivo
«Foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte, especialmente no capítulo defensivo. O FC Porto teve muita posse de bola, atacou imenso e criou variadíssimas situações de finalização, mas nós, com uma excelente organização e um tremendo espírito de sacrifício, acabámos por passar entre os pingos da chuva, como se costuma dizer, e conquistámos um ponto que, na casa de um dos crónicos candidatos ao título, tem sempre bastante significado. Não sofrer golos no Estádio do Dragão é sempre extremamente difícil, mas isso também só valoriza o bom trabalho que fizemos», recorda Costinha, um dos protagonistas dessa partida.
Rio Ave pode surpreender novamente
«Nesse tipo de jogos, e mesmo quando conseguimos resultados positivos, há sempre ilações a tirar para o futuro. Nesse caso, e mesmo com uma excelente organização defensiva, talvez nos tenha faltado ter mais qualidade de posse. E saber valorizar a bola, quando a temos, também ajuda a que não soframos tanto defensivamente. Para o jogo de amanhã, antevejo, claro, dificuldades, mas acho que o Rio Ave pode surpreender o FC Porto. Todos sabemos que o FC Porto tem tido um excelente início de época, com belíssimos resultados, mas o Rio Ave tem muito valor e só tem de preocupar-se em estar focado no seu jogo. Se assim for, pode regressar do Estádio do Dragão com um bom resultado», acredita Costinha.
Costinha segue atento o antigo clube
Mesmo estando agora a viver outra realidade, no caso, a do Olympiakos, clube para onde se transferiu neste defeso, Costinha não esquece o Rio Ave. O lateral-direito continua a seguir atentamente o emblema de Vila do Conde e está entusiasmado com os novos ares que sopram nos Arcos.
«Claro que continuo a acompanhar o Rio Ave! Foi um clube que me deu tudo, que me ajudou a ser jogador e que me valorizou. Houve uma mudança de página na vida do Rio Ave e que eu vejo como tendo sido bastante positiva. Até pelo que tenho falado com a malta, os jogadores novos têm bastante qualidade e a equipa está forte. O mister Luís Freire é um excelente treinador e penso que o Rio Ave tem tudo para poder aspirar a voos mais altos nos próximos anos», afiança o jogador.
Costinha vive bom momento no Olympiakos
Após ter sido figura de proa dos rioavistas nos últimos anos, Costinha afirmou-se em definitivo na elite vila-condense na época 2020/2021. Somou, ao todo, 121 jogos (11 golos e 13 assistências) com a camisola principal dos rioavistas, registos que despertaram a cobiça do Olympiakos, clube para o qual se transferiu neste defeso.
«Os primeiros tempos no Olympiakos estão a ser muito bons. O clube oferece excelentes condições de trabalho aos seus profissionais, temos um plantel forte, com jogadores de muita qualidade, e o objetivo, claro está, é a conquista do título», projeta Costinha.
Costinha sonha com a Seleção A
Após ter sido internacional sub-18 (8 jogos), sub-19 (22), sub-20 (4) e sub-21 (1), Costinha aspira, naturalmente, a chegar à Seleção Nacional A. Ainda jovem, com apenas 24 anos, o lateral-direito tem em si todos os sonhos do mundo e vestir a camisola da principal equipa das Quinas é uma meta que pretende atingir.
«Claro que chegar à Seleção A está nos meus horizontes. Tenho um passado nas seleções jovens e aspiro jogar pela equipa principal de Portugal. Penso que agora estou num patamar que me permitirá ter mais visibilidade e vou fazer tudo o que for possível, com muito trabalho e dedicação, para poder vir a ser chamado à Seleção Nacional», confessa o jogador, que na época finda fez parte do melhor onze do campeonato português eleito pela Liga.