Regresso de Villas-Boas ao FC Porto
André Villas-Boas assumiu a presidência da SAD do FC Porto no dia 28 de maio e, em menos de um mês, concluiu o processo de composição da estrutura do futebol liderada por Andoni Zubizarreta. O diretor desportivo, bem como Jorge Costa, diretor do futebol profissional, eram nomes familiares dos adeptos do FC Porto durante a campanha eleitoral destinada a eleger os novos órgãos sociais dos azuis e brancos. A estes juntaram-se José Tavares, José Maia e Pedro Silva.
Reforço da estrutura do futebol
José Tavares, de 43 anos, é um regresso ao FC Porto, onde esteve 14 anos como treinador, observador e coordenador. Depois de três épocas ao serviço dos norte-americanos do Crown Legacy aceitou o desafio de ser diretor da formação. Pedro Silva tem a seu cargo o gabinete de performance do FC Porto com incidência nas áreas técnico-tática, física, saúde e psicologia. José Maia, por seu turno, é diretor do departamento de scouting do FC Porto, recrutado ao City Football Group.
Estes são os departamentos sob alçada de Zubizarreta que vão apoiar o trabalho de Vítor Bruno, retirando ao técnico qualquer outra preocupação que vá além de treinar e montar a estratégia para construir um FC Porto forte e vencedor. O departamento de futebol feminino, a cargo de José Manuel Ferreira, integra também essa organização, mas num âmbito completamente diferente do da equipa principal masculina.
Estratégia de Villas-Boas
A estrutura ideal corresponde à minha caminhada como treinador, fruto de muitas experiências. Quero garantir que o treinador do FC Porto se dedique apenas e só ao que mais gosta, que é treinar a equipa, desenvolver jogadores, preparar jogos e ganhá-los. A estrutura estará lá para apoiar o treinador, é altamente profissional, não poupamos nela, investimos. Garantimos ao Vítor Bruno que a estrutura FC Porto será o baluarte dele. afirmou Villas-Boas na cerimónia de apresentação de Vítor Bruno como novo treinador.
Esta era a estratégia de Villas-Boas quando assumiu a candidatura à cadeira presidencial: ter um treinador sintonizado com as ideias da SAD e apoiado por uma estrutura altamente profissionalizada e com provas dadas. Uma mudança de paradigma em relação aos últimos sete anos, em que Sérgio Conceição teve um peso considerável nas decisões internas e um papel muito interventivo nos vários departamentos do FC Porto.
Aposta na formação
Parece-me importante, e já partilhei isso com o presidente, olhar para dentro. Fala-se em prata da casa, mas não é a prata da casa, é o ouro da casa. Posso ficar refém do que estou a dizer agora, mas não tenho problema nenhum em assumi-lo: por vezes temos a tendência a subestimar quem está connosco. Muita gente tem de perceber que o momento faz a oportunidade. afirmou Vítor Bruno quando foi oficializado no cargo.
A comunicação com a equipa B será permanente, daí a escolha de um homem que conhece bem os cantos à casa, João Brandão. Gonçalo Ribeiro, Gabriel Brás, Martim Fernandes, Rodrigo Mora e Gonçalo Sousa fazem parte deste universo. Martim tem lugar assegurado no plantel principal na próxima época, porque mostrou estar à altura de alimentar concorrência saudável com João Mário, e Gonçalo Ribeiro poderá subir a terceiro guardião se sair Samuel Portugal.
Futuro do FC Porto
Mais profissionais poderão, no futuro, reforçar a estrutura do futebol, mas os postos de comando estão atribuídos, bem a tempo da abertura da pré-temporada no Olival, a 1 de julho. A ligação de Zubizarreta e Jorge Costa com Vítor Bruno para sinalizar as necessidades futuras do plantel – num quadro financeiro em que o FC Porto terá de ser criativo para encontrar bons reforços – prolonga-se, noutro domínio, no aproveitamento dos talentos formados na casa e na deteção de perfis que possam interessar aos dragões, competências do diretor da formação e do scouting, respetivamente.
No campo prático, o gabinete de performance reforçará o trabalho de treino desenvolvido no Olival por Vítor Bruno.