O candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, criticou o acordo de exploração comercial do Estádio do Dragão, recentemente contratualizado entre o FC Porto SAD e a empresa Ithaka. Segundo Villas-Boas, o valor do acordo de 65 milhões de euros (ME) foi considerado subvalorizado, defendendo que "vale muito mais, pelo menos o dobro". Em entrevista à estação televisiva SIC, o ex-treinador do clube 'azul e branco' expressou a sua opinião: "O FC Porto acaba de vender 30% das receitas comerciais. Realmente, é aí que haveria espaço de manobra. Acho que vale muito mais, pelo menos o dobro. Não temos dúvidas do parceiro, até porque estas subsidiárias descendem todas da Sixth Street. O parceiro é forte, mas os direitos comerciais valem muito mais do que 65 ME por 25 anos".
O acordo foi revelado pela SAD do FC Porto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) um dia antes de Pinto da Costa, presidente do clube desde 1982 e adversário eleitoral de Villas-Boas, levantar a possibilidade de rescisão do vínculo até 01 de julho. Villas-Boas expressou disponibilidade para analisar os contratos e escolher o melhor caminho, realçando a importância de uma possível renegociação: "Desconhecemos esse acordo. Não sei se o presidente está bem consciente sobre se há cláusulas penais relacionadas com a rescisão imediata. Se ele diz que não há, é um bom sinal para o FC Porto, porque é um sinal de renegociação com o parceiro. Isso seria muito bom".