O candidato às eleições do FC Porto, André Villas-Boas, concedeu uma entrevista à RTP onde abordou diversos tópicos relacionados com a sua candidatura e visão para o futuro do clube. Villas-Boas destacou a importância da mudança neste momento crucial para o FC Porto, enfatizando a necessidade de uma gestão rigorosa e cuidada para garantir a sustentabilidade e estabilidade da instituição. Segundo as suas palavras, o atual presidente, Pinto da Costa, não tem condições de continuar no cargo, devido ao acumular de passivo nos últimos 12 anos e à falta de adaptação infraestrutural do clube em comparação com os seus rivais.
Uma Nova Era para o FC Porto
«O FC Porto encontra-se num momento decisivo da sua estabilidade e sustentabilidade. Nós, nos últimos 12 anos, acumulamos 250 milhões de euros de passivo, significa que anualmente adicionamos prejuízo às nossas contas. Os modelos de governação do FC Porto têm de ser imediatamente refeitos, reformatados e obedecer a gestão rigorosa e cuidada, a disciplina orçamental. Se o presidente continuasse, e tendo em conta também as pessoas com as quais está a rodear-se, poderíamos continuar facilmente para a ruína financeira», afirmou Villas-Boas.
Em relação às críticas de Pinto da Costa sobre a sua candidatura, Villas-Boas considerou as declarações «infelizes» e destacou a insatisfação dos sócios do FC Porto, que clamam por mudança e por um clube mais sustentável e moderno. Sobre as brincadeiras do presidente do clube, Villas-Boas comentou: «Não, acho que são brincadeiras. O presidente tem essa ironia bem presente, e são brincadeiras suas, não levo a mal. Estou absolutamente focado na minha candidatura e na apresentação de um projeto desportivo, financeiro, associativo, social, para o FC Porto. Todas as divergências, e 'soundbytes' que surgem paralelos a este ato eleitoral, não me causam transtornos».
Plano de Transformação
Quanto ao futuro do FC Porto, Villas-Boas revelou planos ambiciosos, incluindo a possibilidade de contar com Zubizarreta como diretor desportivo. Ele afirmou: «Eu tenho planos muito bem definidos relativamente à direção desportiva, o meu FC Porto do futuro assenta numa direção desportiva estruturada e será esse sempre o coração da sustentabilidade financeira do clube. A formação terá um papel a jogar, a performance tem um papel a jogar, o scouting tem um papel novo a jogar, tudo isto obedece a uma direção desportiva estruturada, onde eu farei confiança a pessoas com as quais trabalhei».
Desafios e Oportunidades
Sobre a polémica envolvendo o empresário Joaquim Oliveira, Villas-Boas esclareceu: «Decidi convidar Joaquim Oliveira para a minha apresentação no dia 17 de janeiro. Tive muito gosto em convidá-lo, é uma pessoa com a qual me relacionei mais nos tempos em que estava no FC Porto, também fruto da amizade do presidente Pinto da Costa com o Joaquim Oliveira. Tem que lhe perguntar a ele porque é que vê como um inimigo. Isso só é uma coisa que pode ser esclarecida entre os dois».
Visão para o Futuro
Em suma, as declarações de André Villas-Boas refletem a sua visão para o FC Porto e a sua determinação em implementar mudanças significativas no clube, tanto a nível desportivo como institucional. Com propostas claras e uma abordagem focada na sustentabilidade e modernização, Villas-Boas apresenta-se como um candidato com uma visão ambiciosa para o futuro do FC Porto.
