Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, fez declarações públicas pela primeira vez sobre as acusações de alegadas agressões a um árbitro e a um autarca na zona de Huelva, onde o seu filho José participava num torneio jovem pelo clube. O treinador dos dragões negou veementemente as acusações, afirmando estar disposto a ir até às últimas consequências para limpar sua imagem.
Conceição afirmou
Sinceramente, isto é desgastante, é difícil porque a minha família não é só a minha mulher e os meus filhos que graças a Deus estavam presentes para ver aquilo verdadeiramente que se passou e sabem aquilo que estou a falar. Muitas das famílias, não só da nossa equipa, mas também das outras equipas, nomeadamente espanholas, estavam e assistiram à situação. Isto são acusações verdadeiramente falsas e mentirosas de alguém que devia ter a responsabilidade e o dever de ser uma pessoa que pelos vistos está acima da autoridade em Espanha. Daí a não identificação deste senhor, afirmou Sérgio Conceição.
Disposto a deixar o futebol
O treinador explicou que seus advogados estão atualmente em Espanha cuidando do caso e que está disposto a deixar o futebol se necessário para provar sua inocência. Os meus advogados estão a atuar da situação, estão em Espanha neste momento para fazer aquilo que têm a fazer. E se for preciso eu fazer uma pausa no futebol e deixar o futebol para provar aquilo que eu estou a dizer, eu deixo. Porque a minha honra, aquilo que eu sou como homem, como pai é muito mais importante, reforçou Sérgio Conceição.
Detalhes dos eventos
A polícia de Cartaya, localidade onde ocorreram os incidentes, confirmou ter recebido queixas tanto do edil do município quanto de Sérgio Conceição, que acusa Manuel Barroso de agredir Moisés Conceição, seu filho. Conceição destacou que sempre foi respeitado em outros locais onde acompanhou seus filhos em jogos, como no Olival e em Alcochete, centros de treinos de Benfica e Sporting, respectivamente.
Esclarecimento da situação
Sérgio Conceição deu mais detalhes sobre os acontecimentos do dia do incidente, explicando que a situação não ocorreu no final do jogo, mas sim durante o evento. A ‘invasão’, como estão a dizer, não foi no fim do jogo. Todos os pais estavam lá praticamente, mas numa zona de jogo. Eu estava numa zona intermédia, que fica entre os dois campos de futebol de 7. Se eu e os outros pais devíamos estar no campo? Provavelmente até não, mas é hábito isso acontecer. Foi passada a imagem que eu entrei no final do jogo a contestar alguma coisa e não é verdade. Havia muita gente ali na linha lateral, outros pais dentro do campo, esclareceu.
A escalada da situação
O treinador do FC Porto relatou o momento em que abordou o árbitro de forma tranquila, sugerindo que poderia ter marcado um penálti para tornar a final mais emocionante. No entanto, a situação escalou quando o presidente da Câmara local se envolveu, perdendo o controlo e sendo agressivo, inclusive dando uma palmada no peito de Moisés.
Decisão firme
Sérgio Conceição expressou incredulidade ao descobrir que a pessoa que perdeu o controlo era um eleito local, com responsabilidades perante os cidadãos. Ele agradeceu o apoio do FC Porto, que emitiu um comunicado em defesa do treinador, acreditando na sua versão dos acontecimentos.
O treinador português concluiu suas declarações reiterando sua disposição em provar sua inocência, mesmo que isso signifique deixar o futebol. Se for preciso eu fazer uma pausa no futebol, deixar o futebol, para provar aquilo que eu estou a dizer eu deixo. A minha honra, aquilo que eu sou como homem, como pai é muito mais importante, afirmou Sérgio Conceição.
