No último pronunciamento aos sócios e adeptos do FC Porto, José Pedro Pereira da Costa destacou a necessidade de uma rutura com o passado e enfatizou a importância de uma gestão financeira mais eficiente. Ele mencionou que nos últimos 10 anos, o clube acumulou resultados líquidos negativos de 250 milhões de euros, com um passivo de 530 milhões de euros e uma dívida financeira de 310 milhões de euros.

Comparando os Relatórios e Contas do FC Porto com os dos principais rivais, Pereira da Costa levantou questões sobre a rentabilidade das vendas de jogadores, a receita de bilheteria e o merchandising.

Ele ressaltou que, nos últimos seis anos, o FC Porto fez vendas no valor de cerca de 430 milhões de euros, mas registou resultados dessas vendas de apenas cerca de 30 milhões de euros, o que equivale a 7% do valor das vendas. Em contraste, um dos rivais conseguiu resultados de 35% do valor das vendas de 570 milhões de euros, enquanto outro rival registou resultados de 43% do valor de 400 milhões de euros em vendas de jogadores.

Pereira da Costa também questionou as receitas de bilheteria do clube, que foram significativamente mais baixas do que as dos principais rivais. Ele destacou que as receitas de bilheteria do FC Porto foram de apenas 10,8 milhões de euros no último exercício, enquanto os principais rivais alcançaram valores de 19,8 milhões de euros e 13,6 milhões de euros. O FC Porto também enfrenta dificuldades na área de merchandising, com custos de mercadorias vendidas significativamente mais altos em comparação com os rivais e uma margem menor.

Além disso, Pereira da Costa mencionou as despesas de representação do clube, que totalizaram mais de 1,4 milhões de euros por época nos últimos quatro anos.

Diante dessas preocupações, ele concluiu que é urgente uma mudança e acredita que André Villas-Boas é o candidato ideal para liderar o FC Porto nesse processo de transformação.