A corrida à presidência do FC Porto está a criar uma situação inédita no clube, com uma oposição forte e estruturada. Os candidatos André Villas-Boas e Jorge Nuno Pinto da Costa têm procurado focar-se nos resultados desportivos, mas a luta pelo poder está cada vez mais visível.
A candidatura de Villas-Boas, que foi anunciada numa cerimónia transmitida em direto pelas televisões e nas redes sociais, tem como slogans 'Só há um Porto' e 'Um Porto de todos'. O ex-treinador portista agradeceu o legado de Pinto da Costa, mas criticou a gestão do clube nos últimos 20 anos, mencionando as contas, os reforços, a formação e as promessas por cumprir. Esta postura tem conquistado o apoio de alguns adeptos que há muito tempo estão descontentes com a situação atual.
Por outro lado, Pinto da Costa, atual presidente do FC Porto, ainda não anunciou oficialmente a sua candidatura, mas tem atacado ferozmente Villas-Boas. Em entrevista à RTP, afirmou que o candidato foi influenciado pelo dinheiro. No entanto, as críticas de Pinto da Costa podem ser interpretadas como parte de uma campanha eleitoral, algo pouco comum no clube até agora.
Esta luta pela presidência está a gerar uma divisão nos adeptos. Alguns celebram as derrotas da equipa como um sinal de necessidade de mudança, enquanto outros usam as vitórias como argumento de gestão. Para manter a identidade do FC Porto, é essencial que os próximos meses passem rapidamente, evitando feridas profundas. Independentemente do resultado das eleições em abril, será um desafio difícil para o próximo presidente reconstruir um Porto de todos.