De acordo com o acórdão citado pela Lusa, o TAD reconheceu que os jogadores André Clóvis, Kauã Oliveira e Famana Quizera foram alvo de insultos racistas durante um jogo contra o Académico de Viseu na época passada. No entanto, o TAD considerou que não havia provas de que alguém da estrutura do Farense tenha ouvido os insultos ou tenha tido conhecimento efetivo e atempado para reagir em tempo útil.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai recorrer desta decisão para o Tribunal Central Administrativo do Sul.
Na altura, em janeiro de 2023, o Farense foi multado em 33.470 euros e foi punido com dois jogos à porta fechada devido a comportamentos discriminatórios no jogo contra o Académico de Viseu.
André Clóvis, um dos jogadores que foi alvo de insultos racistas, afirmou que os insultos ocorreram quando foi substituído aos 83 minutos do jogo. O incidente levou a um desentendimento entre o banco do Académico e os adeptos do Farense, resultando na expulsão do presidente do clube, João Rodrigues.
Esta decisão do TAD vem à tona num momento em que também houve denúncias de insultos racistas num jogo recente realizado no Estádio São Luís, envolvendo o Famalicão. O autor dos insultos foi constituído arguido e está proibido de entrar em recintos desportivos.