O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) decidiu absolver o Farense do castigo de jogar dois jogos à porta fechada devido a insultos racistas num jogo de 2022. A decisão do TAD foi baseada no facto de não ter ficado comprovado que a estrutura do Farense teve conhecimento efetivo e atempado dos insultos racistas direcionados aos jogadores André Clóvis, Kauã Oliveira e Famana Quizera. No entanto, o TAD reconheceu que os jogadores foram alvo de insultos racistas. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já anunciou que vai recorrer da decisão para o Tribunal Central Administrativo do Sul.
O Farense foi punido inicialmente com dois jogos à porta fechada e uma multa de 33.470 euros devido a comportamentos discriminatórios ocorridos no jogo contra o Académico de Viseu, em agosto de 2022, para a II Liga. O jogador brasileiro André Clóvis denunciou ser alvo de insultos racistas por parte dos adeptos do Farense durante o jogo, tendo o incidente sido também reportado pelo próprio clube. Os insultos ocorreram quando o jogador foi substituído, aos 83 minutos, e foram acompanhados de incidentes no final do jogo. O presidente do Farense, João Rodrigues, acabou por ser expulso devido à confusão entre o banco do Académico de Viseu e os adeptos locais.