Adaptação linguística e cultural
Mathias de Amorim atravessa uma fase de grande afirmação no Famalicão, tendo-se consolidado como peça fundamental da equipa nos últimos quatro jogos. O jovem médio de 20 anos veio para Portugal com algumas dificuldades no domínio da língua portuguesa, mas esse obstáculo já foi ultrapassado.
«Quando cheguei, não falava muito bem português, mas agora o meu português é melhor», começou por explicar Mathias de Amorim. Inicialmente, o companheiro Zaydou Youssouf acabava por fazer de tradutor, mas agora é o próprio Amorim que assume esse papel junto do plantel. «Nessa altura era o Zaydou [Youssouf] que traduzia tudo, agora sou eu que traduzo para os outros. O Zaydou fez isso por mim, então eu tenho de fazer o mesmo aos outros. Acho que é importante para mim», revelou.
Integração tática e no grupo
Esta maior adaptação linguística e cultural reflete-se também no plano tático e na integração com o grupo. «Sinto-me muito bem com a tática do míster [Hugo Oliveira] e também nas relações interpessoais», afirmou o médio francês, projetando um cenário complicado para o próximo desafio da equipa. «O Nacional é uma equipa que precisa de pontos. Estamos prontos para ganhar», frisou, apesar de considerar o jogo «muito difícil, num campo difícil também».
A confiança de Mathias de Amorim parece estar no auge, sobretudo após a importante vitória sobre o Moreirense, que pôs fim a uma sequência de dez jogos sem ganhar em casa. «Foi muito importante, porque há muito tempo que não ganhávamos no Estádio Municipal. Foi uma boa vitória. Todo mundo ficou muito feliz», realçou. O jogador encara o plantel do Famalicão «como uma família», onde «os jogadores dizem as coisas sem problemas» e «estamos todos juntos».