Desde que assumiu a liderança do Famalicão, em agosto de 2019, após o regresso do clube ao escalão principal do futebol português, Miguel Ribeiro tem implementado um plano bem delineado para o clube minhoto: adquirir jovens jogadores, promovê-los ao plantel principal e, posteriormente, vendê-los a um bom preço, sem descurar o projeto desportivo.
Esta estratégia tem-se revelado um sucesso, com o clube a conseguir encaixar dezenas de milhões de euros através da venda de alguns dos seus ativos mais valiosos.
Luiz Júnior: a venda mais recente
A venda mais recente foi a de Luiz Júnior, guarda-redes brasileiro adquirido a custo zero ao Mirassol-SP, por 12 milhões de euros ao Villarreal. Segundo Miguel Ribeiro, esta venda é a terceira maior da história do Famalicão, igualando a venda de Otávio para o FC Porto, e ficando atrás apenas das transferências de Pedro Gonçalves (13,5 milhões de euros) e Manuel Ugarte (24,5 milhões de euros)
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Ugarte, atualmente no PSG, foi inicialmente vendido por 12,5 milhões de euros, mas o cumprimento de objetivos e a compra de parcelas por parte dos leões fizeram aumentar a verba inicial. Outras vendas notáveis incluem Iván Jaime (10 milhões de euros ao FC Porto), Charles Pickel (5 milhões, Cremonese), Alexandre Penetra (4,5 milhões, AZ Alkmaar), Toni Martínez (3,2 milhões, FC Porto), Puma Rodríguez (3 milhões, Estrela Vermelha), Jhonder Cádiz (3 milhões, Club León) e Anderson Silva (2 milhões, Beijing Guoan).
Negócios rendosos
No total, o Famalicão arrecadou cerca de 92 milhões de euros em vendas nos últimos cinco anos e o saldo pode aumentar até ao final do atual mercado de transferências. No entanto, houve despesas, uma vez que nem todos os jogadores chegaram ao clube a custo zero. Até ao momento, o Famalicão gastou cerca de 25 milhões de euros em contratações, sendo a época 2020/21 a mais dispendiosa, com a compra de Manuel Ugarte por cerca de 9 milhões de euros ao CA Fénix. Excluindo essa época, a média anual de gastos em contratações é de 2,4 milhões de euros.
Além da venda de Luiz Júnior, o interesse do FC Porto em Francisco Moura também confirma o sucesso do modelo de negócio implementado por Miguel Ribeiro no Famalicão. O clube minhoto continua a destacar-se no mercado de transferências, consolidando a sua estratégia de desenvolvimento e valorização de jovens talentos.
