Em entrevista exclusiva à ESPN Brasil, o defesa-central do FC Porto, Otávio Ataíde, partilhou detalhes sobre a sua chegada a Portugal e a influência determinante que Pepe teve no seu desenvolvimento.
Otávio admitiu que ficou surpreendido pela forma calorosa como Pepe o recebeu no centro de treinos do Olival. «Abraçou-me muito e ajudou-me bastante. Não esperava que fosse assim. Mostrou-me o que era diferente e foi-me passando confiança todos os dias nos treinos. Foi como um pai para mim, é um ídolo», contou o jovem jogador brasileiro.
Desafios na adaptação ao Famalicão
Otávio também revelou as dificuldades que enfrentou no início da sua passagem pelo Famalicão, em 2022. Segundo o seu amigo Thiago Muniz, Otávio «fez os exames médicos e correu tudo bem. Depois passou aos testes físicos, com preparador físico e fisiologista. Ninguém me contou, eu vi, foi um fiasco [risos].»
Muniz explicou que após os testes, um diretor do Famalicão disse que Otávio «não tinha estado muito bem e que iam ter uma reunião no clube entre Direção, preparador físico e treinador para definir a situação dele. Comecei a pensar que o Otávio não ia assinar contrato.»
Superação e chegada ao FC Porto
No entanto, Otávio conseguiu convencer a equipa técnica do Famalicão durante um treino. «O Otávio foi para o relvado com o treinador, eu fiquei na bancada a ver o treino. O André estava no campo, olhou para mim e acenou positivamente com a cabeça. Tinha tomado a decisão certa», contou o amigo.
Otávio explicou que a diferença entre a preparação física no Brasil e em Portugal foi um desafio inicial. «Estava parado há dois meses, não aguentei aquilo. Era tudo diferente do que se costuma fazer no Brasil, a pré-temporada é completamente diferente. Tem saltos e corrida a toda a hora. Mas eu tinha de mostrar que tinha chegado para jogar», disse o jogador, que se foi habituando ao ritmo.
Um ano depois, Otávio transferiu-se para o FC Porto, onde tem tido um papel de destaque. O jogador de 22 anos elogiou a influência de Pepe no seu desenvolvimento, afirmando que o veterano defesa «foi como um pai» para ele.