Numa decisão inesperada, o Estoril anunciou a saída de Vasco Seabra do comando técnico da equipa, com efeitos imediatos. A decisão, confirmada por fonte oficial ligada aos canarinhos, pertence aos investidores do clube, que é detido em sociedade liderada pela MSP Sports Capital, grupo económico liderado pelos bilionários norte-americanos David Blitzer e Steve Parish.
Vasco Seabra, de 40 anos, tinha contrato por mais uma temporada com o Estoril, após ter renovado automaticamente no final da época 2023/24. O técnico chegou ao Estádio António Coimbra da Mota em setembro de 2023, substituindo Álvaro Pacheco, e conseguiu garantir a manutenção da equipa no principal escalão do futebol português na última jornada.
Final da Allianz Cup
Pelo meio, Vasco Seabra conseguiu ainda conduzir o Estoril até à final da Allianz Cup, em janeiro, onde a equipa acabou por ser derrotada pelo Sporting de Braga no desempate por grandes penalidades. «O trabalho realizado por Vasco Seabra merecia a confiança do presidente estorilista após o emblema da Linha de Cascais ter assegurado a manutenção na Liga e ter alcançado uma inédita final da Taça da Liga, pelo que a planificação da pré-temporada e do plantel para 24/25 contava com a participação e influência direta do treinador», pode ler-se num artigo publicado pelo jornal A Bola.
Decisão Surpreendente
No entanto, a decisão dos investidores surpreendeu totalmente Vasco Seabra e também Ignacio Beristain, presidente da SAD do Estoril, numa altura em que estava tudo alinhavado entre as partes para a continuidade e em que o treinador já preparava a pré-época que inicia na segunda-feira, 1 de julho.
«Vasco Seabra deixa a Amoreira ao fim de nove meses e uma temporada incompleta - havia entrado para o comando técnico em finais de setembro, em substituição de Álvaro Pacheco, demitido após a 6.ª jornada da Liga. O seu percurso fica marcado por resultados muito positivos do Estoril frente a dois dos grandes do futebol português, nomeadamente o Benfica, que afastou na meia-final da Taça da Liga após um desempate por grandes penalidades, e o FC Porto, que derrotou por três ocasiões e por duas competições diferentes, a Liga e a Taça da Liga», destaca o jornal O Jogo.