Catarina Campos fez história ao se tornar a primeira mulher a arbitrar um jogo da I Liga, uma conquista que deixa marcas na história do futebol português. “Foi um orgulho representar uma classe e espero que mais colegas no futuro possam chegar ao futebol profissional, porque é para isso que trabalhamos e fazemos todos parte deste mundo que é o futebol”
, afirmou Catarina após o seu trabalho na partida entre Casa Pia e Rio Ave.
O jogo, realizado no Rio Maior, terminou com a vitória do Casa Pia por 2-1, e foi marcado pela performance de Catarina, que assinalou um penálti e expulsou João Pereira, treinador do Casa Pia. A árbitra elogiou a aceitação das suas decisões: “Quero agradecer às equipas que na generalidade do jogo foram sempre aceitando as minhas decisões e não protestando muito com a equipa de arbitragem, tirando uma ou outra exceção, que são sempre fruto do calor do momento.”
Durante o jogo, Catarina teve que lidar com emoções elevadas, mas isso não desvirtuou a qualidade do seu desempenho.
Um marco histórico e inspirador
“Acho que foi, antes de mais, um momento histórico e um marco importante de assinalar”
, continuou Catarina, enfatizando a importância de abrir portas para outras mulheres no futebol. Ela expressou esperança de que a sua estreia inspire futuras árbitras a conquistarem o seu lugar no profissionalismo. “Todos fazemos parte deste jogo e, portanto, penso que estamos mais do que preparados para este compromisso.”
Além de reconhecer o apoio das equipas durante o jogo, Catarina também agradeceu ao Conselho de Arbitragem pelo voto de confiança. “Sinto-me muito honrada em estar aqui, muito orgulhosa por isso, é um dia muito feliz para mim.”
Controvérsias e desempenho
A partida não só ficou marcada pela estreia de Catarina, mas também pela controvérsia em torno do penálti, que foi falhado pelo jogador Tiago Morais, e pela expulsão do treinador Casa Pia. Catarina destacou: “Na generalidade do jogo, agradecer às equipas por, na generalidade do jogo, não terem complicado em demasia o meu trabalho.”
Com uma perspectiva positiva sobre a sua experiência na I Liga, Catarina espera que essa partida seja um ponto de virada para o envolvimento feminino no futebol profissional em Portugal, sublinhando a crescente aceitação da diversidade nas arbitragens. Seu trabalho pode ser um exemplo para futuras gerações de árbitras, mostrando que é possível alcançar o sucesso neste campo.