Sporting e Casa Pia relembram protocolo de cooperação de sucesso

  1. Protocolo de cooperação entre Sporting e Casa Pia durou 6 temporadas
  2. Diversos jogadores portugueses representaram o Casa Pia em empréstimo dos leões
  3. Treinador Guilherme Farinha destaca comprometimento de Silvestre Varela
  4. Farinha lamenta ter saído do Casa Pia em 2005 quando a equipa liderava a classificação

Este domingo, o Sporting desloca-se a Rio Maior para enfrentar o Casa Pia, clube que regressou à Liga Bwin no início da temporada 2022/2023 após 83 anos de ausência. Entre 2002 e 2008, as duas equipas mantiveram um protocolo de cooperação que beneficiou ambos os clubes.

Durante esse período, vários jogadores que chegaram a representar a seleção portuguesa passaram pelo Casa Pia em regime de empréstimo dos leões, entre eles o guarda-redes Beto Pimparel (2002/03), e os avançados Silvestre Varela (2004/05) e Yannick Djaló (2005/06). Outros jovens como Miguel Ângelo, Duarte Machado e José Semedo também procuraram afirmar-se em Alvalade através do protocolo.

"Protocolo benéfico para as duas partes"

Guilherme Farinha, que orientou o Casa Pia por dois períodos nessa altura, recorda com carinho essa parceria. "O protocolo era benéfico para as duas partes. O Casa Pia ficava a ganhar porque dispunha de jogadores de qualidade e o Sporting via os seus atletas maturarem num quadro competitivo de qualidade", explicou.

Farinha destaca em particular o caso de Silvestre Varela, notando que desde cedo perspetivou que o avançado chegaria a um alto nível no futebol nacional, algo que acabou por acontecer quando rumou ao FC Porto na época 2009/10. "Há uma história muito curiosa. Ele quando foi para o Casa Pia começou a ser chamado com regularidade à seleção de sub-21. E depois dum jogo fora dessa equipa, a mãe foi buscá-lo ao aeroporto. E o Silvestre, em vez de ir para casa, quis ir para Pina Manique para treinar connosco. Como é óbvio, não o deixar entrar em campo porque ele estava desgastado, mas logo aí deu para ver como era comprometido com a profissão. Nunca tive dúvidas de que chegaria a um patamar elevado, como acabou por acontecer", conta.

"Se tivesse continuado, teríamos a subida"

Apesar dos bons momentos, Farinha guarda uma mágoa por ter saído do Casa Pia em janeiro de 2005 para rumar ao Paraguai, deixando a equipa em primeiro lugar e que acabaria em quinto. "Se tivesse continuado, teríamos conseguido a subida de divisão, não tenho dúvidas. É um arrependimento que tenho até hoje", garante o treinador, realçando a grande união que existia dentro do grupo naquela altura. Ainda hoje, os antigos jogadores se juntam em almoços no estádio e Farinha pede desculpa por os ter deixado naquele momento crucial.

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