Num momento de forte instabilidade nos bancos técnicos dos clubes portugueses, cinco treinadores destacam-se como verdadeiros sobreviventes. Vasco Matos, João Pereira, Ian Cathro, César Peixoto e Tiago Margarido são os únicos a manterem-se nos seus postos até ao final da 21ª jornada da Liga 2024/25.
"Comparando com as principais ligas europeias, a realidade portuguesa é bem distinta. Enquanto na Alemanha 78% dos clubes mantêm o mesmo treinador, em Espanha são 75%, em Inglaterra e Itália 70% e em França 67%, em Portugal esse número é de apenas 28% - ou seja, apenas cinco em 18 clubes."
Instabilidade histórica no futebol português
Esta instabilidade nos bancos técnicos não é novidade no futebol português. Na época 1981/82, o Belenenses chegou a ter nada menos que nove treinadores diferentes ao longo da temporada. E entre 1987/88 e 1988/89, a Liga principal viu passar 63 técnicos diferentes pelos clubes.
"Apesar deste cenário, os cinco treinadores que resistiram até agora parecem estar a fazer um bom trabalho. Vasco Matos leva o Nacional ao 5º lugar, João Pereira coloca o Casa Pia em 7º, Ian Cathro tem o Estoril em 8º, César Peixoto comanda o Portimonense na 11ª posição e Tiago Margarido mantém o Nacional na 14ª posição."
Paciência dos presidentes é crucial
Estes técnicos, ainda que com menos experiência do que nomes consagrados como Bruno Lage, Carlos Carvalhal ou Petit, têm conseguido resultados positivos e contam com a paciência dos respetivos presidentes. Algo raro nos dias de hoje, mas que pode ser crucial para o seu desenvolvimento e afirmação no futebol português.