Treinadores sem licença: quando a ANTF não reconhece

  1. A Associação Nacional de Treinadores (ANTF) não reconhece alguns técnicos como principais devido a falta de qualificações
  2. Treinadores recorrem a federações estrangeiras para obter licenças mais rapidamente
  3. Nem todos os ex-jogadores têm perfil de treinador, mas alguns conseguem desenvolver competências
  4. Uma nova geração de treinadores teóricos ganha espaço, sobretudo na Alemanha

O caso Ruben Amorim


A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) é um organismo presente sempre que um jovem técnico chega a um clube português sem as qualificações necessárias para exercer a profissão. Nestes casos, a ANTF costuma não reconhecer esse treinador como técnico principal.

Este foi o que aconteceu com Ruben Amorim, que se «sacrificou em defesa dos seus jogadores» quando treinava o Casa Pia, acabando o caso «em multas e suspensões». E agora é o caso de João Pereira, seu sucessor no Sporting, que já sabe que «raras indicações poderá dar a partir do banco» e que «um dos seus adjuntos terá de fazer de conta que é o boss em múltiplas ocasiões, sobretudo frente às câmaras de televisão».

Cursos demorados e com poucas vagas


O antecessor de João Pereira, confrontado com «o tempo que se perde em Portugal até se ser certificado», acabou por recorrer à federação da Irlanda do Norte (a Escócia também costuma ser opção), tal como muitos outros treinadores que «não querem estar literalmente anos a fio no desemprego, apenas a estudar, até poderem finalizar o último nível».

A maior parte destes treinadores são «ex-jogadores, que devido às exigências de um futebolista profissional tiveram de lidar com a falta de disponibilidade para os cursos e com a escassez de vagas de inscrição (esta ainda mais preocupante, ainda mais nos últimos degraus)». Isto acaba por «adiar sine die» a sua entrada «num outro mercado de trabalho, visto como contíguo ao anterior».

Nem todos os jogadores têm perfil de treinador


O autor do texto admite que «não [é] defensor de que todo e qualquer jogador tem conhecimento de facto para vir a ser um bom treinador», como já escreveu noutras ocasiões. Reconhece que «há sempre alguns que foram apreendendo conceitos de quem os treinou e se mostraram curiosos o suficiente para aprofundar conhecimentos por si próprios no dia a dia e desenvolver competências».

No entanto, «a maioria não aponta de imediato para esse caminho e até entende a tática como o que o jogo tem de menos interessante».

A ascensão dos treinadores teóricos


Paralelamente, «uma nova corrente de treinadores que não teve de facto grande impacto no relvados – alguns por falta de talento, outros devido a lesões graves –, e que durante muitos anos contou com José Mourinho como bandeira, encontrou, pela agenda mais livre, o seu espaço e desenvolveu um perfil teórico, que conquista a atual preferência dos maiores clubes».

A Alemanha, por exemplo, «escancarou por completo as portas a esse estereótipo, o que também abriu caminho a um novo tipo de futebol, mais moderno, enérgico e competitivo». Isto representa «uma nova tendência num dos países mais conservadores da Europa».

A experiência conta, mas não é tudo


O autor defende que, «no que diz respeito aos ex-futebolistas, a experiência teria naturalmente de contar, embora não deva ser eliminatória, caso não exista». Também «a falta de tempo para queimar etapas ainda com as chuteiras nos pés deveria ser considerada no momento em que oportunidades de uma vida, irrecusáveis, surgem pela frente».

Trata-se de «uma questão de bom senso, sendo que a existência de regras também deva ser vista como obrigatória. É isso que distingue instituições modernas das que não o são».

Proteger o futebol, mas de forma sensata


A posição da ANTF, «apesar de rígida, nasce da ideia legítima e fundamental de proteger o jogo de profissionais de menor qualidade, filtrando-os». No entanto, «o organismo deverá igualmente colocar em perspetiva que uma licença para conduzir dura poucos meses e não anos a alcançar e não valida apenas bons condutores, embora possa ser retirada a quem cometa demasiadas infrações».

Ou seja, «os cursos habilitam, mas não levam a adquirir capacidade de liderança, comunicação, criatividade, empatia e muitas mais valências que um treinador deve possuir».

O caso de Ruben Amorim


O autor lembra que, se Ruben Amorim «estivesse limitado a realizar o curso em Portugal, a brilhante e histórica passagem pelo Sporting ainda não teria acontecido, se é que alguma vez existiria». Isto porque «poderia entretanto ter desistido ou se tornado noutra coisa qualquer».

Apesar de nem todos os casos serem como o de Ruben Amorim, o autor defende que «é sobretudo o seu que deveria fazer a ANTF olhar com cuidado para o fenómeno e, em vez de se preocupar tanto com o policiamento, encontrar soluções em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol que resolvam ou atenuem a entropia».

Simplificar o processo antes dos castigos


Para o autor, «não parece justo ter de esperar vários anos, com quebras de continuidade nos níveis mais altos devido à falta de vagas para prosseguir, para simplesmente se desempenhar a função». Por isso, «será sempre necessário simplificar o processo antes de avançar para os castigos».

Caso contrário, «as regras, porque são contornáveis, servirão apenas para manter as aparências, o que dificilmente será aquilo que se pretende».

Federação Portuguesa de Futebol vai distribuir 6,662 milhões de euros por 30 clubes

  1. A FPF vai distribuir 6,662 milhões de euros por 30 clubes das duas ligas profissionais portuguesas
  2. O valor é proveniente do Fundo de Solidariedade da UEFA para a formação
  3. Cada clube receberá 222 mil euros
  4. O apoio não abrange os quatro clubes portugueses que disputaram as provas europeias na época 2023/24

Viktor Gyokeres, a joia do Sporting na mira do Barcelona

  1. Gyokeres tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros no Sporting
  2. Lothar Matthaus comparou o estilo de jogo de Gyokeres ao de Erling Haaland
  3. Gyokeres jogou por empréstimo no St. Pauli em 2019/20
  4. Adeptos do Barcelona pediram a Laporta que "fechasse" Gyokeres

Kanya Fujimoto recebe prémio de médio do mês na Liga

  1. Kanya Fujimoto, de 25 anos, escolhido médio do mês na Liga
  2. Marcou 2 golos e 2 assistências em 6 jogos consecutivos como titular
  3. Recebeu 18,80% dos votos dos treinadores, superando Nico González e Daniel Bragança
  4. «É um prémio meu, mas é também de toda a equipa, dos meus colegas. Eles ajudam-me muito, por isso este prémio é também de todo o grupo. A base deste sucesso é a confiança. Se tiveres confiança, jogas melhor e consegues usufruir melhor do futebol.» - Kanya Fujimoto

Fujimoto, médio do Gil Vicente, vencedor do prémio de melhor jogador da I Liga de setembro e outubro

  1. Fujimoto, médio do Gil Vicente, venceu o prémio de melhor jogador da I Liga de setembro e outubro
  2. Fujimoto, de 25 anos, foi titular em 6 jogos, marcando 2 golos e dando 2 assistências
  3. Fujimoto recolheu 18,80% dos votos dos treinadores, superando Nico (17,09%) e Daniel Bragança (14,53%)
  4. «É um prémio meu, mas é também de toda a equipa, dos meus colegas. Eles ajudam-me muito, por isso este prémio é também de todo o grupo»

Um clássico à prova de emoções

  1. Um Clássico. Duas tribos, raiva e amor, paixão e pozinhos de ódio. Rivalidade e doença.
  2. Se não fosse o dom da bola, o êxtase do golo, para onde iria tanta verve e coração?
  3. Em português simplificado, o FC Porto não tinha dinheiro para cumprir as obrigações mensais. Com os seus funcionários e com os seus fornecedores.
  4. a competência do trabalho realizado nos escritórios exige da obra no relvado uma resposta igualmente competente.
  5. o FC Porto não tem sido capaz de ser... o FC Porto.

Nuno Mendes elogia trabalho de Ruben Amorim no Sporting

  1. Nuno Mendes fez elogios ao trabalho de Ruben Amorim no Sporting
  2. Nuno Mendes considera que Ruben Amorim «tem possibilidades para fazer muito mais do que o que já tem feito»
  3. Nuno Mendes também teceu elogios a João Pereira, novo treinador do Sporting
  4. Nuno Mendes deixou o Sporting no verão de 2021 para se juntar ao Paris Saint-Germain