Após a vitória do Estoril sobre o Sp. Braga, o treinador Ian Cathro partilhou a sua visão sobre o jogo e o percurso da sua equipa. Em uma sala de imprensa repleta de expectativa, Cathro afirmou: ““Isto tem muito a ver com não nos obcecarmos sempre com uma certa identidade, digamos assim, face à nossa realidade, mas podemos ter sempre a mesma capacidade, mentalidade e atitude, e vai ser sempre o que vamos tentar - ganhar o jogo.””
A afirmação reflete a estratégia adotada pelo Estoril, que não vencia há quatro jogos e encarava o desafio com um histórico de incapacidades contra o adversário. A equipa precisou quebrar um jejum de dez anos sem vencer os arsenalistas no seu estádio e de nove anos sem marcar um golo. A “maldição” foi desfeita pelo golo de André Lacximicant, um jogador que, segundo Cathro, ““mesmo na força que hoje mete no momento do duelo, este Rafik que temos atualmente é muito melhor do que o que encontrei quando cheguei. Tem evoluído e é um jogador especial.””
Um Começo Intenso
O jogo começou com maior acutilância do Sp. Braga, que quase marcou nos primeiros minutos. O Estoril, no entanto, não se deixou intimidar. Robles, o guarda-redes do Estoril, teve um desempenho notável, oscilando entre saídas arriscadas e defesas salvadoras. Cathro observou: ““Jogávamos contra uma boa equipa e obviamente não conseguimos dominar a primeira parte em alguns momentos, mas acho que conseguimos entrar nas nossas dinâmicas. Não criámos muitas situações de golo, mas conseguimos chegar ao último terço.””
O momento decisivo da partida surgiu com o golo de Lacximicant, que, apesar de ser um ex-jogador do Braga, não hesitou em marcar. ““A lei do ex faz mais uma vítima””
, comentaram os repórteres em tom de brincadeira, sublinhando a ironia do momento. Esse golo permitiu que o Estoril não só tomasse a frente no marcador, mas também quebrasse um ciclo de infortúnios que o afligia.
Resistência e Estratégia
Na segunda parte, o jogo continuou intensamente disputado. O Sp. Braga, liderado pelo capitão Ricardo Horta que entrou na segunda parte, tentava buscar o empate, mas encontrava um Estoril resiliente. Cathro reforçou: ““Na segunda parte, não podemos separar a parte tática da psicológica e o que fazia sentido para nós naquele momento do jogo era manter robustez defensiva e não abrir certos espaços.””
O treinador destacou a importância da defesa após a vantagem.
O resultado final de 1-0 não apenas garantiu três pontos ao Estoril, mas também um alívio na tabela classificativa, chegando aos 17 pontos. A vitória é um momento histórico para o Estoril e uma mostra do potencial sob a liderança de Ian Cathro, cuja abordagem pragmática e flexível tem-se mostrado efetiva em momentos críticos.
Conquista e Ambição
O jogo não só quebrou a “maldição” como também reafirmou a ambição do Estoril em lutar por melhores resultados na Liga. Enquanto isso, o Sp. Braga ficou frustrado, falhando a oportunidade de se aproximar do quarto lugar. A vitória sobre um adversário que historicamente representava dificuldades marca um novo capítulo na trajetória do Estoril.
A prestação da equipa e a liderança de Cathro prometem trazer novas esperanças aos adeptos, que agora veem a equipa a recuperar terreno no campeonato. O próximo desafio será crucial para continuar a construir sobre esta vitória significativa.