As antevisões dos treinadores para os jogos dos quartos de final da Taça de Portugal de futsal revelam um clima de grande expectativa e respeito mútuo entre as equipas. Os técnicos abordaram as dificuldades dos seus jogos, perspetivando duelos taticamente complexos, onde a mentalidade e a eficácia serão determinantes.
Com os jogos agendados para quarta-feira, as equipas afinam os últimos detalhes, cientes de que a Taça de Portugal não permite margem para erros. A ambição de vencer e a consciência das dificuldades marcam o discurso dos treinadores, que esperam jogos intensos e decididos nos detalhes.
Sp. Braga vs. Benfica: Mentalidade Vencedora em Destaque
Joel Rocha, treinador do Sp. Braga, enfatizou a necessidade de uma “mentalidade vencedora e qualidade em todos os momentos” para que a sua equipa possa superar o Benfica. Em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Futebol, Rocha afirmou: “Precisamos de ter mentalidade vencedora, qualidade em todos os momentos, sermos consistentes durante todo o jogo e conseguirmos apresentar a maturidade competitiva exigida e necessária capaz de superar, em equipa, os momentos em que os nossos adversários estiverem melhor e por cima do jogo”.
Rocha lembrou que o Benfica é um dos poucos adversários que o Braga ainda não conseguiu vencer nesta temporada, ressaltando a “boa postura competitiva e qualidade de jogo do adversário”. Do lado do Benfica, Cassiano Klein assume o objetivo de “vencer a Taça de Portugal”, mas antevê um jogo “muito equilibrado”, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, na quarta-feira, às 20:00.
Sporting CP vs. Ladoeiro: Favoritismo e Respeito
Nuno Dias, treinador do Sporting, que vai defrontar o Ladoeiro, expressou as suas expectativas: “Não podemos ser hipócritas e temos de assumir o favoritismo, mas dentro de campo. Temos de ser intensos, como habitualmente, e provar que queremos seguir na prova. O Ladoeiro está motivado pelos últimos resultados. Tem 12 vitórias nos últimos 15 jogos e, como tal, tem de nos merecer respeito. Agora, não podemos fugir obviamente das nossas responsabilidades, garantindo a passagem à meia-final”.
Nuno Dias destacou ainda a importância da “entrega e do compromisso”, lembrando que “são três jogos num curto espaço de tempo e não há margem para erros. Ao contrário da liga, em que se pode recuperar depois de um percalço, aqui não há forma de recuperar”. Dário Gaspar, técnico do Ladoeiro, reconhece a dificuldade da tarefa: “Considero que a maior preocupação tem de ser connosco enquanto equipa. No entanto, o Sporting é o clube mais competente e completo presente nesta prova (...). Antevemos muitas dificuldades, mas nas dificuldades surgem oportunidades e é sobre elas que trabalhamos para dignificar o clube e contrariar a estratégia do Sporting”, referiu.
Sassoeiros vs. Ferreira do Zêzere: Talento Individual em Confronto
Cláudio Cardoso, técnico do Sassoeiros, que vai enfrentar o Ferreira do Zêzere, comentou o jogo: “O Ferreira do Zêzere é uma equipa recheada de talento individual, com ideias de jogo bem definidas e que tem como líder o Ricardo Lobão, um treinador de referência no futsal nacional. Tem feito uma segunda volta extraordinária na Liga e está no seu melhor momento da época”, afirmou.
Ricardo Lobão, treinador do Ferreira do Zêzere, perspetiva um jogo “especial e difícil”, no qual “a diferença entre ganhar ou perder serão os detalhes e a eficácia, com e sem bola”.
Leões de Porto Salvo vs. Quinta dos Lombos: Equilíbrio e Forma Física
Sobre o Leões de Porto Salvo e Quinta dos Lombos, Jorge Monteiro, treinador do Quinta dos Lombos, disse: “O Leões de Porto Salvo tem se afirmado como uma das melhores equipas da nossa Liga, com jogadores experientes e jovens internacionais, bem comandada e com dinâmicas que lhes permite controlar os jogos. Não esperamos facilidades, até porque já nos venceram na Liga”.
Cláudio Moreira, técnico da formação de Porto Salvo, destaca que “a forma física como as equipas se apresentarão nesta fase da época pode ser o fator mais importante. Queremos aliar sempre o discernimento e tomada de decisão à vontade para realizar, mas, nos jogos em que as diferenças sejam reduzidas, a atitude terá de ser sempre o fator a ter em conta”, acrescentou.