Carvalhal confia na vitória dos arsenalistas
O dérbi minhoto entre SC Braga e Vitória SC, referente à 22ª jornada da Liga Portugal Betclic, promete ser um jogo emotivo e disputado. Em conferência de imprensa, o técnico dos arsenalistas, Carlos Carvalhal, reconheceu o valor do adversário, mas afirmou que a sua equipa está preparada para lutar pelos três pontos.
«Temos vindo numa senda vitoriosa com uma grande prestação fora de casa, ganho muitos jogos. O mote para amanhã, respeitando o Vitória, é ganhar. Sabemos que vamos defrontar uma boa equipa, de bons valores com um bom treinador, bem organizada e terá o forte apoio do seu público. Haverá estádio cheio mas temos capital de confiança, sem estar em bicos de pés. Podemos vencer», declarou Carvalhal.
Ausências e regresso de Zalazar
O técnico, de 59 anos, confirmou ainda que os médios Rodrigo Zalazar, Vítor Carvalho e o central Sikou Niakaté estão de fora deste encontro, com Vítor Gómez recuperado. Carvalhal abordou também o regresso de Zalazar ao plantel, após o fracasso da sua transferência para um clube russo.
«Foi um bom regresso, dei-lhe um abraço. Ele é jogador do SC Braga, sinto-o bem, ainda a recuperar de lesão. Já fez parte do trabalho no ginásio, mas ainda limitado. Estava sorridente e positivo», explicou.
Preparação mental para lidar com a pressão
Apesar da rivalidade e das emoções envolvidas num dérbi, Carvalhal garantiu que a sua equipa técnica está preparada para lidar com a pressão.
«As emoções existem, porque somos humanos. Há sempre sentimentos mas com a experiência que vamos tendo, vamos ganhando imunidade, ou melhor, uma preparação psicológica e mental para nos debatermos com as dificuldades todas. Somos uma equipa técnica equilibrada no mundo louco em que vivemos. É preciso viver tudo com alguma razoabilidade, tenho de pôr o adepto de fora, e só o manifesto no final do jogo. Muito contente quando ganho, mais triste e pesado quando não se ganha», afirmou.
Foco no próximo jogo, não na luta pelo título
Questionado sobre a luta pelo título com o FC Porto, Carvalhal preferiu manter o foco no próximo jogo, considerando-o a «final» da sua equipa. O técnico também abordou a menor quebra física da sua equipa, comparativamente a outras equipas envolvidas nas competições europeias.
«Quando se sai fora da caixa se leva com 80 por cento de críticas e coisas absurdas. Mais vale estar calado neste mundo atual, do que falar muito. Podia desenvolver muito, até por conta da minha tese da faculdade. Somos pessoas de adaptações, se jogarmos basquetebol todas as semanas com amigos e, se formos de repente, jogar futebol ou andebol, vamos sentir diferenças, porque há outros requisitos. O corpo desabitua-se quando se faz algo não habitual, que sai da rotina. É algo que pode provocar dores. Se tiras um jogo a meio da semana, cria desabituação, há períodos de fronteiras e a equipa pode sentir-se num ou outro momento mais cansada. Mas penso estarmos manifestamente abaixo da média europeia de lesões nos grandes clubes. E agora não se joga no limite de risco, como se joga quando há jogos a meio da semana.»