Rodrigo Zalazar demorou a recuperar, tardou em afinar a sua resistência e envolvimento no jogo ofensivo, fazendo o Braga sentir largos jogos a sua ausência. A espera para que o uruguaio voltasse a reunir indicadores físicos e astral luminoso no sistema da equipa, entretanto alterado sem recuo para um 3x4x3, obrigou o criativo a cumprir etapas de reafirmação, após um arranque esplendoroso de temporada, que o destacou como unidade central e decisiva do Braga.
Avanços europeus com sinal mais de Zalazar
Os avanços europeus tiveram sinal mais de Zalazar, que chegou aos primeiros oito compromissos da época com cinco golos e quatro assistências, juntando, no total das 19 partidas da temporada, apenas mais um golo, contra o frágil 1.º Dezembro, na Taça de Portugal, e três assistências. Duas delas aconteceram no 3-3 recente contra o Famalicão, no qual o sul-americano voltou a mostrar arcaboiço para 90 minutos, algo que não se verificava desde 22 de agosto, quando havia sido decisivo numa vitória em casa sobre o Rapid Viena.
Ao duelo de minhotos, seguiu-se participação quase completa contra o Santa Clara, no vital triunfo arrancado nos Açores. Duas titularidades consecutivas não ocorriam desde meados de outubro - jogos com 1º Dezembro, na Taça, e Bodo/Glimt, na Europa.
Zalazar recupera brilho e solidez
Os recentes apontamentos de Zalazar dizem que o médio-ofensivo, um dos mais valiosos do plantel, recuperou o brilho e a solidez, podendo dar outra dimensão e clarividência a uma equipa que tem acusado sérias dificuldades de consistência exibicional.
«Carlos Carvalhal já percebeu os pontos fortes do sul-americano e também os riscos de uma sobrecarga que lhe retire das opções o elemento com passada e rutura mais diferenciada do meio-campo para a frente, com municiamento perfeito e meia-distância mortífera.»
Momento ilustrativo do melhor nível de Zalazar
A receção ao Casa Pia marca um encontro do jogador com um rival contra o qual marcou um dos seus melhores golos em Portugal, no final da época passada, pondo os guerreiros a vencer por 3-2, num eletrizante 4-3 final, era Rui Duarte o comandante dos bracarenses. Zalazar dominou, orientou o corpo na direção da baliza e acertou um remate fantástico, míssil teleguiado à baliza dos gansos. Momento ilustrativo do melhor nível do uruguaio, de outro quilate quando na posse de todos os argumentos físicos, técnicos e anímicos.
