Uma tarde frustrante na Pedreira
As recentes exibições do Sporting de Braga deixaram muito a desejar, com um empate que se sentiu como uma derrota frente ao Estoril e uma decepcionante derrota em Roma, onde a equipa ficou aquém das suas verdadeiras capacidades. A visita do Famalicão ao estádio da Pedreira pouco fez para acalmar os nervos da Legião Minhota.
A equipa do Famalicão, vindo de uma mudança no comando técnico, revelou-se uma indesejada visita, com os acontecimentos do jogo a causarem grande angústia. Após uma primeira parte em que os Arsenalistas desperdiçaram oportunidades suficientes para ter o resultado resolvido, o golo de Famalicão chegou a poucos segundos do intervalo, numa autogolo que se revelou desastroso para as ambições do Braga.
Uma reviravolta improvável
A segunda parte viu o Braga ficar a perder por dois golos, com um contra-ataque que deixou os adeptos locais, que se tinham deslocado a uma hora incómoda para dar o seu apoio aos jogadores, apreensivos. A reacção que era necessária acabou por chegar, e foi então que Ricardo Horta, saindo do banco, se tornou uma figura-chave no desfecho, marcando dois golos na meia-hora em que esteve em campo.
Porém, após o deficit ter sido reduzido, a vantagem de dois golos foi restabelecida devido a outro erro defensivo da equipa da casa, deixando os adeptos locais visivelmente atónitos. Mas uma nova reacção iria surgir, escalando a metafórica montanha e empatando um jogo que parecia perdido, com o desfecho apenas não sendo épico porque um defesa visitante impediu um golo na linha de baliza quando os escassos minutos adicionais concedidos pelo árbitro Hélder Malheiro estavam a esgotar-se.
O adeus dos jogadores aos adeptos
O final do jogo viu a habitual despedida da equipa aos adeptos, com alguns mais descontentes e menos sensatos a dirigirem insultos a alguns dos seus próprios jogadores, esquecendo que antes de qualquer jogador é um ser humano que merece respeito e consideração. Todos temos melhores e piores fases na vida, pelo que devemos tentar superar quando as dificuldades surgem, e não acredito que qualquer jogador erre deliberadamente para se prejudicar a si próprio e aos seus colegas de equipa.
Pessoalmente, aplaudi o esforço da equipa quando foram à procura do que tinham perdido ao longo do tempo, mesmo que apenas tenham recuperado uma parte disso. A sessão de treino aberta durante a semana, oferecida aos sócios com lugar anual desde 2006, permitiu alguma interacção entre as bancadas e o relvado, num todo que se deseja sempre forte e que viu melhores dias. Esperemos que ventos mais favoráveis surjam em breve, nas almas famintas e tristes de Braga.