O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou hoje a condenação do ex-diretor-geral do Sporting de Braga, João Gomes, a três anos e meio de prisão, com pena suspensa por igual período, pelo crime de extorsão agravada.
A sentença, proferida em abril deste ano pelo Tribunal de Braga, foi mantida em pleno pelo tribunal superior, que rejeitou o recurso interposto pela defesa do antigo dirigente 'arsenalista'.
Tentativa de extorsão ao Sporting de Braga
João Gomes foi condenado pelo crime de extorsão agravada, na forma tentada, por ter tentado coagir o Sporting de Braga a pagar-lhe 250 mil euros, ceder-lhe um veículo Mercedes-Benz e permitir-lhe o acesso ao fundo de desemprego, ameaçando divulgar «factos infundados» sobre o clube.
Segundo o acórdão do Tribunal da Relação, a que a agência Lusa teve acesso, «o tribunal de primeira instância deu como provado que o arguido entregou uma carta a António Salvador, presidente do Sporting de Braga, contendo essas três exigências».
Defesa recusada
A defesa de João Gomes tentou argumentar que a carta entregue a António Salvador era de um grupo de sócios anónimos desagradados com a direção do clube, e não as condições ditadas pelo arguido. No entanto, o Tribunal da Relação de Guimarães rejeitou liminarmente este recurso, confirmando na íntegra a sentença proferida em primeira instância.
Com esta decisão, o ex-diretor-geral do Sporting de Braga terá de cumprir a pena de três anos e meio de prisão, embora suspensa na sua execução por igual período, ficando também sujeito ao pagamento de 4 mil euros ao Estado.