Após o SC Braga acusar Daniel Sousa de "falta de moralidade, razoabilidade e retidão" no processo da sua saída do clube, o treinador que iniciou a temporada nos arsenalistas respondeu, negando que tenha saído de Braga com "acordo entre as partes", mas sim após uma "decisão unilateral e ilícita" do clube liderado por António Salvador.
Indemnização rejeitada
Através de um comunicado, o treinador revelou que, após alguns contactos com o seu representante, "não resultaram em qualquer acordo quanto à definição e pagamento de indemnização devida", passando o assunto a ser tratado pelo seu advogado, a quem pediu "o escrupuloso cumprimento do que se mostra legalmente previsto quanto à indemnização devida pela cessação do contrato de trabalho".
Daniel Sousa garantiu que «o SC Braga já apresentou três propostas de indemnização, "tendo todas elas sido rejeitadas, desde logo, por não terem por base de cálculo o valor da retribuição prevista no contrato de trabalho"». «Para que não restem quaisquer dúvidas, até à presente data, nunca exigi, tal como os demais elementos da minha equipa técnica, receber, a título de indemnização pela cessação do contrato de trabalho, um único cêntimo acima do correspondente à retribuição que contratualmente se mostra fixada», afirmou o técnico, rebatendo as acusações do clube.
Obrigado a retirar os pertences
O treinador, contratado ao Arouca ainda com a época passada a decorrer, mas que só iniciou funções no início desta temporada, acusou ainda o SC Braga de o ter obrigado, logo após a notícia do despedimento, após o empate com o Estrela na 1.ª jornada, a retirar das instalações do clube todos os seus "pertences e equipamentos pessoais de trabalho".
«Para recolha dos mesmos, sem que os tivéssemos solicitado, de forma tão inusitada como reveladora do comportamento assumido pela Sporting Clube de Braga – Futebol SAD, foram-nos entregues vários sacos de plástico pretos, destinados a depósito de lixo doméstico», pode ler-se no comunicado do treinador, enviado às redações.