Duarte Gomes esclarece a legalidade do primeiro golo do Braga frente ao Sporting

  1. O primeiro golo do SC Braga frente ao Sporting deixou dúvidas quanto à sua legalidade
  2. A área de baliza não é uma zona de proteção privilegiada dos guarda-redes
  3. Gabri Martínez e Quenda disputaram a bola, com o jogador do Sporting a tocar no pé do espanhol, desequilibrando-o
  4. O contacto entre Gabri Martínez e Franco Israel foi uma inevitabilidade da jogada anterior

O primeiro golo do SC Braga frente ao Sporting deixou dúvidas quanto à sua legalidade devido à forma como Gabri Martínez caiu sobre Franco Israel, impedindo-o de tentar eventual defesa. No entanto, Duarte Gomes, no seu espaço de opinião semanal 'O poder da palavra' em A BOLA, esclarece a questão do ponto de vista técnico.

A área de baliza não é zona de proteção privilegiada dos guarda-redes


Segundo Gomes, «é compreensível que a perceção seja a de que houve infração atacante, mas tecnicamente a questão não é bem assim». O especialista em arbitragem começa por recordar que «a área de baliza (vulgo pequena área) não é uma zona de proteção privilegiada dos guarda-redes. É verdade que eles não podem ser carregados quando têm a bola controlada, mas isso aplica-se em qualquer parte da área e não apenas ali».


Para haver infração de um jogador sobre outro, «é necessário que exista imprudência (falta de cuidado/atenção na abordagem ao lance), negligência (não medir o perigo para a integridade física do adversário) ou força excessiva (usar carga desproporcional que coloque em risco a integridade física do oponente)», explica Gomes. «Ou seja, é preciso que exista qualquer coisa de um sobre outro. Se um jogador colide/choca com o adversário por força de um movimento inevitável ou até acidental, não há infração, mesmo que a consequência seja infeliz, como tantas vezes é.»

O que realmente aconteceu na jogada


No caso em questão, Gomes afirma que «o que se viu foi que Gabri Martínez e Quenda tentaram chegar à bola e, na disputa, o jovem jogador do Sporting tocou no pé do espanhol, desequilibrando-o. Foi precisamente esse desequilíbrio que o levou a cair sobre o guarda-redes adversário. As imagens foram claras e qualquer análise atenta consegue perceber isso.»


Portanto, «o jogador do SC Braga jamais poderia ser sancionado, porque não fez nada acima ou a mais do que poderia ter feito. Não foi imprudente, negligente ou excessivo. Em boa verdade, não realizou qualquer ação desnecessária nessa jogada. A queda e posterior contacto foram uma inevitabilidade do momento anterior.»

Separar o acidental do imprudente


Gomes reconhece que «o facto do guarda-redes do Sporting ter ficado privado de tentar a defesa foi uma consequência infeliz de jogada inadvertida. É frustrante para quem se sente privado de reagir, obviamente, mas as leis de jogo não punem jogadores que não incorram naquelas três prerrogativas e Gabri não incorreu.»


O especialista em arbitragem alerta que «esta linha — a que separa contacto acidental/inevitável de contacto imprudente/negligente — pode ser muito ténue até para nós, comentadores de arbitragem, que temos a incumbência de analisar lances de futebol. Há de facto ações no limite, em que não fica claro se determinado contacto foi resultado de ação de jogo ou de uma falta de atenção/descuido/precipitação de quem o promoveu. É quase como se tivéssemos que mergulhar num processo de intenções para avaliar o que aconteceu.»

Conclusão


No entanto, Gomes considera que «há também situações que permitem perceber de imediato qual a decisão certa. Por exemplo, quando um jogador sabe que vai disputar a bola com outro, está desde logo obrigado a ser prudente. Regra geral os contactos resultantes dessas divididas têm forte possibilidade de serem considerados faltosos (se um jogador impedir o outro de atuar). Já num remate à baliza em que alguém surge do nada para a interceção, o contacto promovido por quem remata pode ser acidental, porque nem percebeu que o adversário ia tentar a disputa.»


O especialista conclui que «este não é um tema pacífico, mas conhecer as regras e o espírito que lhes está subjacente pode ajudar a dissipar dúvidas para quem tenta analisar este tipo de lances sem grande proximidade ao coração.»

Amorim deixa o Sporting em posição invejável para a próxima era

  1. Amorim deixa o Sporting em grande posição para o próximo treinador bater alguns dos seus recordes
  2. Sporting igualou o melhor arranque de sempre na Liga Portuguesa, com 11 vitórias consecutivas
  3. Sporting marcou 39 golos nas primeiras 11 jornadas, o melhor registo desde 1972/73
  4. Sporting acumula 32 jogos seguidos sem perder no campeonato, igualando um recorde de Amorim

Villas-Boas e Weigl na tribuna, mas sem Rui Costa

  1. O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, assistiu ao jogo na tribuna presidencial
  2. Julian Weigl, médio alemão que jogou três épocas no Benfica, também esteve presente
  3. Outros espectadores ilustres incluíram o embaixador da Turquia e o presidente da Liga
  4. Rui Costa, líder do Benfica, não assistiu ao jogo ao lado de Villas-Boas

Lesão de Pote preocupa Sporting e Seleção Nacional

  1. Pote saiu lesionado aos 26 minutos do jogo entre o Sporting e o SC Braga
  2. Pote tinha sido recentemente convocado por Roberto Martínez para os próximos jogos da Liga das Nações
  3. Pote tem participado em 189 jogos, marcado 81 golos e dado 48 assistências pelo Sporting
  4. A lesão de Pote é um duro golpe tanto para o Sporting como para a Seleção Portuguesa

João Pereira recebe despedida agridoce na equipa B do Sporting

  1. João Pereira recebe despedida agridoce na equipa B do Sporting
  2. Sporting B perdeu por 1-2 frente ao Oliveira do Hospital
  3. João Pereira e equipa técnica serão oficialmente apresentados segunda-feira em Alvalade
  4. Tiago Teixeira recusou-se a explicar derrota, dizendo que foi apenas «um dia mau»

João Valido, a figura do Arouca na Revista Lobos

  1. Jovem guarda-redes do Arouca concilia carreira de futebolista com licenciatura em Gestão de Desporto
  2. João Valido lida com diabetes desde criança, mas afirma que não afeta o seu dia a dia
  3. Guardião destaca o papel de alguns treinadores que marcaram o seu percurso formativo

Benfica e FC Porto: Um Clássico de Glórias e Recordes

  1. O Benfica e o FC Porto contabilizam 255 jogos disputados desde 1931, com 102 vitórias dos 'dragões' e 91 das 'águias'
  2. O FC Porto reforçou a liderança no histórico confronto na terceira década do século XXI, com o dobro dos triunfos (seis contra três)
  3. Desde a temporada 1980/81, o FC Porto contabiliza mais 25 vitórias (63 contra 38) face ao Benfica