Depois da derrota sofrida na Liga Europa na última quarta-feira, o Sp. Braga procura regressar aos triunfos este domingo, na receção ao Farense. Na antevisão a este encontro, o treinador Carlos Carvalhal não hesitou em abordar o «puxão de orelhas» feito pelo presidente António Salvador ao plantel após o desaire com o Bodo/Glimt, apelando ainda ao apoio dos adeptos minhotos.
Gostava de lançar um repto do grupo de trabalho aos associados que vierem ver o jogo. A equipa tem demonstrado aqui e ali alguma imaturidade, sentiu a injustiça do resultado, pois fizeram tudo para o ganhar. Muitos jogadores têm 18 ou 19 anos e coloquem-se na sua pele, é importante dar-lhes um contexto favorável. Queremos ter uma tarde à Sp. Braga e todos gostaríamos de vencer o jogo. No final, se não gostarem do que virem, aí sim que se manifestem, começou por dizer Carvalhal.
## Derrota «injusta» com Bodo/Glimt
O técnico dos minhotos reconheceu que a equipa «sentiu a derrota e, fundamentalmente, a injustiça do resultado», apesar de terem tido «20 oportunidades de golo» e terem ficado em superioridade numérica. «A equipa fez muito, mas não fez o suficiente porque cometeu erros e eles têm de ser colmatados», apontou.
Questionado sobre se o onze inicial está salvaguardado, Carvalhal foi perentório: «Não está, nem estaria. Não entro muito nessa onda. O Farense tem jogadores diferentes, temos de avaliar os nossos jogadores.»
## Falta de eficácia de alguns jogadores
O técnico não quis comentar a intervenção do presidente António Salvador junto do plantel, mas abordou a falta de eficácia de alguns jogadores, como Ricardo Horta. «No geral, os jogadores podem fazer ainda melhor, falamos do Ricardo, que não tem feito golos, mas é capitão de equipa, exemplo de abnegação, o que mais corre, acaba o jogo com mais de 12 quilómetros. Dá muito a equipa e é uma questão de confiança. Amanhã acredito piamente que vai marcar», frisou.
## Atitude da equipa
Carvalhal recusou ainda que a equipa tenha falta de atitude, apontando que isso só aconteceu no jogo com o Olympiacos, mas não nos jogos com o Bodo/Glimt e FC Porto. «Houve situações que marcam fortemente o jogo, que é o foco: situações muito particulares que são muito difíceis de trabalhar, [mas] temos que acabar com estas situações. Queremos mais foco, atenção, concentração e entreajuda entre os jogadores. Vamos dar uma boa resposta amanhã, com certeza», concluiu.