Num jogo de grande tensão entre o FC Porto e o SC Braga, um inesperado protagonista entrou em cena e ajudou a decidir o resultado a favor dos dragões. Num momento crucial, um jovem apanha-bolas rapidamente devolveu a bola para um lançamento lateral, permitindo que o FC Porto chegasse à vitória por 2-1.
«Os heróis não usam capa, usam um colete laranja e um boné azul. Na cabeça daquele menino estão os golos que pensa vir a marcar no Estádio do Dragão. Sentado num banco, fora das quatro linhas, imagina-se no lugar de Samu, Galeno ou Pepê e, mentalmente, coloca o seu corpo no lugar dos deles. Aquele posto, à beira do relvado, com vista 4K para toda a ação, é o miradouro dos sonhos azuis e brancos.», descreveu o artigo.
Início sólido do FC Porto
O FC Porto entrou forte no jogo, com uma pressão rigorosa e boa reação à perda de bola, instalando-se no meio-campo ofensivo. Gabri Martínez tentava pela esquerda levar perigo ao SC Braga, uma zona que nem sempre os portistas têm conseguido controlar ao longo da época.
Nos primeiros 20 minutos, o FC Porto produziu bastante, com Samu Aghehowa a ter um golo anulado e João Ferreira a ver uma jogada sua também negada pelo VAR. Lamentavelmente, a variação de Nico González também não resultou em nada.
Primeira parte equilibrada
Na linha defensiva do SC Braga, a regra era que os laterais Víctor Gómez e Adrián Marín não podiam marcar diretamente os seus opositores. Isto obrigava os extremos dos minhotos a recuar, dificultando o seu desdobramento ofensivo.
Só na primeira fase de construção é que o FC Porto tinha alguns problemas, com Nehuén Pérez e Francisco Moura a passarem por alguns sobressaltos. Este último episódio permitiu ao SC Braga criar a melhor oportunidade da primeira parte, com Gabri Martínez a alimentar o movimento de infiltração de Victor Carvalho, que Diogo Costa conseguiu resolver.
Empate e reação do FC Porto
O golo de Roger Fernandes a igualar a partida congelou a impetuosidade azul e branca. Por indicação de Vítor Bruno, a equipa do FC Porto passou a reduzir a exposição ao risco, com João Mário a receber um cartão amarelo pela iminência do segundo.
Apesar disto, o FC Porto chegou ao golo de grande penalidade por Galeno, numa fase menos boa do seu percurso até à vitória. O empate acabou por surgir numa falha na salvaguarda do espaço perante os centrais do SC Braga, com Roger Fernandes a marcar um grande golo.
Entrou o apanha-bolas decisivo
Num momento crucial para o FC Porto conquistar os três pontos e manter a distância para o líder Sporting, o jovem apanha-bolas rapidamente devolveu a bola para o lançamento lateral, surpreendendo o SC Braga. Pepê rapidamente abraçou o miúdo, reconhecendo a sua importância na jogada do 2-1.
«Pepê foi-se assegurar que aquela criança sabia que o protagonismo na jogada do 2-1 do FC Porto tinha sido dela e de mais ninguém. O extremo abraçou o garoto que rapidamente cedeu a bola para o lançamento lateral. A perceção que teve dos acontecimentos denotou maior capacidade de leitura de jogo do que muitos que são pagos por, supostamente, a terem.»
Vitória suada
Apesar de não estar 100% senhor de si, o FC Porto conseguiu utilizar a borracha para apagar os ataques do SC Braga, quase todos pelos flancos. A diferença no resultado acabou por ser segurada por Diogo Costa, que parou Amine El Ouazzani e toda a ambição bracarense.
Com esta vitória, o FC Porto mantém a distância de três pontos para o líder Sporting, numa partida em que um improvável herói vestido de laranja e azul acabou por ter um papel decisivo.