Pausa nos campeonatos nacionais
As principais competições em Portugal deram uma pausa para a Seleção Nacional jogar os dois primeiros jogos da Liga das Nações. É uma competição que Portugal já venceu, pelo que há um prestígio a defender. E a seleção começou bem, com uma vitória tangencial em casa frente à Croácia.
Arbitragens questionáveis na Liga Portuguesa
Aproveitando esta pausa, podemos debruçar-nos sobre algumas incidências da Liga Portuguesa, após as primeiras quatro jornadas. As arbitragens dos árbitros portugueses têm sido muito diferentes dentro e fora do país, com uma melhoria substancial quando atuam no estrangeiro. Isto leva-nos a acreditar que os problemas observados em Portugal vão além da competência dos árbitros.
Neste início de campeonato, tem havido uma série de penáltis e decisões duvidosas, muitas vezes a favor dos chamados «grandes» clubes. Não vou entrar em detalhes de casos específicos, mas algumas decisões pareciam saídas de um mundo onírico e surreal.
O caso do SC Braga
A minha atenção recai sobre algumas decisões que envolveram o SC Braga nesta fase inicial da competição. No jogo de abertura, em casa frente ao Estrela da Amadora, o golo dos tricolores foi precedido de uma irregularidade de Nani, algo que não abordei naquela altura por poder soar estranho, dada a fraca exibição da equipa da casa.
Na segunda jornada, no triunfo tangencial do Braga no Estádio do Bessa, o árbitro António Nobre deveria ter corrigido o seu erro após ser alertado pelo VAR sobre um lance evidente de penálti. Mesmo assim, não referi esse lance na altura porque o Braga tinha vencido o jogo.
Já no jogo caseiro frente ao Moreirense, houve um lance de mão clara que voltou a passar impune, com prejuízo para o SC Braga. Mesmo assim, o triunfo diminuiu a importância desse lance.
Preocupação com a verdade desportiva
A publicação dos áudios entre as equipas do VAR e os árbitros principais aumentou a preocupação sobre o que realmente se passa em campo. O diálogo entre o árbitro António Nobre e o VAR João Pinheiro, sobre o lance no Bessa, mostra que o juiz da partida teve pouca «Nobreza» ao não corrigir a sua errada decisão inicial, mesmo com o VAR a demonstrar que havia motivos para alterar a decisão.
Estas decisões tomadas em tempo real e os alertas do VAR, que conduzem as decisões que dependem dos intervenientes, mostram a fuga da verdade desportiva numa liga portuguesa ainda numa fase tão precoce. Teme-se o que possa vir a suceder à medida que a competição caminhar para o seu fim.
Propostas de melhoria
Termino fazendo a sugestão para que sejam tipificados alguns lances, de modo a que a aplicação dos frágeis critérios existentes conduza a decisões iguais em lances semelhantes. É tempo de terminar com um sistema que condiciona arbitragens e resultados, com vista a alguma aproximação à verdade desportiva, porque os árbitros lá fora mostram que também sabem fazer bons trabalhos.