A visão de um líder no SC Braga

  1. António Salvador, presidente do SC Braga, demonstrou coragem e sensibilidade rara na sua decisão de trocar o treinador Daniel Sousa por Carlos Carvalhal
  2. Carlos Carvalhal é um dos melhores treinadores portugueses, com muito mais experiência e garantias do que o anterior treinador
  3. O SC Braga e o Vitória de Guimarães venceram as suas Eliminatórias para as competições europeias, mantendo viva a ambição do futebol português no plano internacional
  4. António Salvador procurou um símbolo e uma referência em Carlos Carvalhal, reencontrando a visão do Braga como Clube Formador

A arte de liderar não se mede apenas pelos resultados imediatos, mas sobretudo pelo olhar arguto que sabe ler o tempo e, nele, antever os contornos de um futuro que escapa à maioria.

Esta reflexão aplica-se à decisão de António Salvador, presidente do SC Braga, numa fase tão inicial e decisiva da temporada, de abdicar de Daniel Sousa e confiar o comando da equipa técnica a Carlos Carvalhal. Uma decisão que demonstrou coragem, mas acima de tudo, uma sensibilidade rara e uma argúcia própria das grandes lideranças.

Além do óbvio


Muitos, num primeiro olhar - e apesar das exibições deixarem muito a desejar - consideraram a decisão precipitada. Afinal, quatro jogos (duas vitórias e dois empates) não são, à superfície, motivo para mudanças radicais. No entanto, a profundidade da decisão de António Salvador reside, precisamente, na sua capacidade de ver para além do óbvio, de perceber que, nas entrelinhas desses resultados, havia algo que não ressoava em harmonia.

Ao escolher Carlos Carvalhal, um homem cuja ligação ao clube transcende o mero profissionalismo, António Salvador não procurou apenas um treinador. Procurou um símbolo, uma referência, um reencontro com a visão do Braga como Clube Formador por excelência, apostando num líder sem medo de lançar jovens, de os ensinar, de os potenciar e fazer crescer e, mais importante ainda, com os valores que constituem a identidade bracarense, o que revela uma estratégia que não se limita à época em curso, mas se estende, com sabedoria e ambição, para os desafios do futuro.

Dois jogos, duas vitórias


A aposta, ousada, resultou, até ao momento, em pleno. Dois jogos, duas vitórias. Ainda que, diga-se em abono da verdade, sem deslumbrar, o que, convenhamos, é natural.

Sem querer crucificar Daniel Sousa, não o merece, a verdade é que Carlos Carvalhal é um dos melhores treinadores portugueses, tem muito mais experiência, muito mais mundo e dá outras garantias. Ademais, é um Senhor, um verdadeiro «Gentleman» e esses atributos, tantas vezes desvalorizados, contam e contam muito.

O futebol «À Moda do Minho»


A fechar, uma palavra de reconhecimento para o futebol «À Moda do Minho». Braga e Vitória venceram as suas Eliminatórias para a Liga Europa/Liga Conferência pelo que mantêm viva a ambição de disputarem as respectivas fases de Liga, facto de primordial importância para a Liga Portugal no plano europeu.

Benfica vence Estoril por 3-0 com arbitragem competente

  1. Benfica venceu Estoril por 3-0 na 25ª jornada da Liga Bwin
  2. Árbitro António Nobre teve atuação globalmente competente
  3. Momento-chave foi anulação de penálti assinalado a favor do Estoril após intervenção do VAR
  4. Árbitros assistentes tiveram bom posicionamento em lances decisivos
  5. Árbitro manteve critério disciplinar uniforme durante o jogo

Fabrício em destaque na derrota do Estoril frente ao Benfica

  1. Fabrício esteve irrequieto na ala esquerda e criou várias oportunidades de perigo para o Estoril
  2. O Benfica venceu por 3-0 com golos de Amdouni (2) e Akturkoglu
  3. O árbitro marcou penálti a favor do Estoril, mas a decisão foi revertida após consulta ao VAR
  4. Pedro Álvaro e João Carvalho tiveram exibições contrastantes pelo Benfica

Rui Borges rejeita rumores sobre saída do Vitória de Guimarães

  1. Rui Borges tem contrato com o Vitória de Guimarães até 2026
  2. Rui Borges diz que a sua prioridade é o Vitória de Guimarães e que não falou com o seu representante sobre uma possível saída
  3. Rui Borges afirma que a sua equipa dominou o jogo frente ao Nacional mas faltou-lhe eficácia na finalização
  4. Rui Borges rejeita a ideia de que a equipa foi penalizada pela passividade da defesa